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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

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Globo se rende à China

Não há mais o que esperar dos Estados Unidos em termos econômicos; o comércio bilateral despencou em mais de 10%

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As Organizações Globo têm escritório amplo nos Estados Unidos para cobrir os acontecimentos no Império. Só que o Império está deixando a hegemonia global para a China. Em 2020, o PIB americano deve cair perto de 10%. Já a China vai sair da pandemia no lucro: crescerá 1,6% a 2%, conforme mercado internacional. Por que a Globo deixou de lado a maior potência, sem a qual o Brasil - nem a Globo - consegue sobreviver?

Não há mais o que esperar dos Estados Unidos em termos econômicos; o comércio bilateral despencou em mais de 10%. Não há perspectiva de recuperação. Os Estados Unidos saem da pandemia em pandarecos. Cortam acordos com os aliados e fazem novas exigências ao largo da Organização Mundial do Comércio. Não obedecem ninguém. Tio Sam não dá, só tira espaço dos outros. Está desesperado: o desemprego já teria chegado a 20% nos Estados Unidos. As políticas econômicas e monetárias já não dão respostas imediatas. Estão avariadas. E a China comendo pelas beiradas, pilotando revolução científica e tecnológica a serviço da produção e da produtividade que deixa os americanos para trás, para desespero do Dep State.

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Interesse empresarial

A Globo, aglomerado oligopólio, está em busca de mercado, como todos os demais empresários brasileiros que já miram ações das empresas chinesas para jogar sua poupança. As ações americanas, com o capitalismo na América batendo biela, perdem para as chinesas que estão alavancando fundos globais com maior rentabilidade e segurança. Os capitalistas brasileiros querem participar ampliando espaço aberto pelo agronegócio, que exporta 30% da produção nacional para a China. Por que o Globo demorou para colocar correspondente em Pequim? Chegou ou não a hora de transferir maior parte do escritório de Nova York, espalhando o pessoal por toda a China? O cenário americano é de debacle. Já o da China, que Marcelo Ninio passa a retratar, é o do mundo caminhando para bonança.

Novo mundo

Já chegando em Pequim para trabalhar, o correspondente demonstra eficiência do Estado chinês no combate à Covid-19. O oposto da desorganização e incompetência reinante no Brasil, vice-campeão mundial de mortos, perdendo só para os Estados Unidos. A quantidade de informação chinesa à disposição do repórter é monstruosa. Vai trabalhar pra cacete, mas, acho, que como grande tentação de fazer história no jornalismo brasileiro na Ásia. Hoje, essa tarefa é feita pelo sensacional Pepe Escobar, no Asia Times, Duplo Expresso e na TV 247.

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Marcelo deu um panorama inicial de quem está chegando em que mostra notícias positivas de uma sociedade que vive um boom de criatividade industrial. Aprenderam que a dominação internacional, mais do que depender das finanças, precisa do conhecimento organizado e promovido pelo Estado, comandado, no caso chinês, pelo Partido Comunista. Eis aí, sim, o PC chinês a ser desvendado por Marcelo: é comedor de criança, como pintam os anticomunistas radicais?; é socialista ou comunista? Por que estão na dianteira global? Esse debate, hoje, inunda a internet.

Atração global

A nova potência que surge atrai a consciência universal pelo interesse que desperta como nova líder etc. Marcelo mostrou, de saída, uma China organizada para controlar, dominar e submeter à organização estatal o novo coronavírus. A mobilização estatal, na pandemia, como mostra Ninio, antecipou a volta ao normal e os chineses vão de vento em pôpa. Uma narrativa bem diferente dos correspondentes que sobram nos Estados Unidos, diariamente, traçando desgraças e perspectivas negativas diante da debacle econômica de Tio Sam. A população terá, com a cobertura chinesa diária do Globo, um novo olhar, como está sendo o do Marcelo Nínio. Novo mundo é chinês.

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