Gosto com Gosto é sucesso há 25 anos em Visconde de Mauá (RJ)

Um dos melhores restaurante de comida mineira é de uma mineira de Juiz de Fora, mas não fica em Minas Gerais, e sim na Serra da Mantiqueira, em Visconde de Mauá, no centro-sul Fluminense. É o Gosto com Gosto, localizado bem na entrada da rua principal da vila de Mauá.

A chef Mônica Rangel (na foto de abertura) e o marido José Claudio estão em Mauá, para onde foram com os três filhos, desde 1991 e resolveram abrir o restaurante três anos depois. De lá para cá, é um sucesso só. Há 25 anos.

Segundo Mônica, o nome do restaurante, “é a junção do paladar dos pratos com a decoração de bom gosto”. Mônica se propõe a resgatar as histórias e a tradição mineira, por intermédio de seus fartos, leves e suculentos pratos, preparados em um belíssimo fogão a lenha.

Não há como ir a Mauá e não passar no Gosto com Gosto. Comece a festa gastronômica pedindo uma cachacinha e o trio de linguiças (porco, carneiro e frango), acompanhado de cebolas e bolinhos de mandioca. 

A cachaça você pode escolher entre as mais de cem marcas vendidas na lojinha do restaurante ou experimentar a da casa, produzida na cidade de Itamonte, no Sul de Minas – engarrafadas especialmente para o restaurante. Mas se quiser prestigiar o Estado do Rio, peça a excelente Magnífica, de Vassouras.

O Gosto com Gosto combina a cozinha mineira tradicional com criações da casa, como o mexidão da Zu (arroz, filé-mignon, linguiça, bacon, ovo caipira e queijo parmesão) e a costelinha assada lentamente ao molho de laranja com feijão de tropeiro e arroz. Há, é claro, os tradicionais: frango caipira com ora-pro-nobis, frango com quiabo, tutu de feijão etc.

Na sobremesa, perca-se à vontade na mesa dos mais variados doces, todos produzidos no restaurante: arroz doce, doce de laranja-da-terra, de leite, de banana, de goiaba, de cidra e o sensacional doce de casca de limão (limõezinhos cortados pela metade, aos quais se acrescenta doce de leite) e, como ninguém é de ferro, uma fatia de queijo-de-minas).

Além das linguiças e doces, lá mesmo tem a produção dos temperos usados no restaurante, e também as hortaliças orgânicas, queijo-de-minas frescal, os curados e pães de fermentação natural. Muito de tudo isso pode ser levado para casa. Há uma lojinha com todos os produtos que eles fazem e vários outros da região, como queijos, trutas, licores, além de cachaças de várias procedências.

Brasil à mesa

Mônica é, também, a criadora da Associação Brasil à Mesa, que tem como objetivo preservar, desenvolver e promover em diversos âmbitos a cultura culinária brasileira e seus autores. A associação conta com a participação de mais de 20 chefs de 12 estados e o apoio do Ministério do Turismo, Embratur e Sebrae.

Mônica em conjunto com outras pessoas de Visconde de Mauá criou, ainda, a Temporada do Pinhão - que este ano completou 27 anos de existência – onde são apresentados pratos desenvolvidos à base de pinhão (o fruto da araucária, abundante no lugar) por restaurantes, hotéis e pousadas locais.

Visconde de Mauá

O Estado do Rio de Janeiro é cortado por várias serras. E as serras fluminenses são deslumbrantes. Subir a serra, seja para que lado for, é sempre um prazer, em qualquer época do ano. Mata exuberante, trilhas, circuitos turísticos organizados, cachoeiras, rios de águas límpidas, tudo isso nos leva ao prazer de viajar, principalmente quando a esse deleite junta-se a rica gastronomia das serras do estado.

O clima nos convida aos prazeres da mesa numa região rica de bons restaurantes, hotéis, pousadas aconchegantes e lindas paisagens. 

No alto da Serra da Mantiqueira está Mauá. De um lado, à direita de quem chega, a Vila de Mauá, Lote 10, Campo Alegre, Rio Preto, que pertencem ao município de Resende. Do outro, o esquerdo, Vale do Pavão, Maromba, no município de Itatiaia. Atravessando o Rio Preto, Maringá, Santa Clara, Alcantilado, Vale das Cruzes, Mirantão, já estamos em Minas Gerais. É uma região de rara beleza.

A melhor forma de chegar é pelo Rio de Janeiro, pegando a Via Dutra e, na altura de Penedo, subir a estrada asfaltada que liga a Dutra a Mauá.

Nas décadas de 1970 e 1980, Mauá era o paraíso de várias tribos – hippies, rajnish, beatniks, Santo Daime, Hare Krishna, para citar algumas. No início da década de 1990, deu-se a explosão do turismo e da gastronomia. Situada a mais de 1.000 metros de altitude, Mauá surpreende pela beleza das montanhas, o intenso verde, rios, cachoeiras e águas cristalinas. É um lugar de paz, de aconchego, de férias com a família ou para um final-de-semana romântico, a dois.

Surpreende, ainda, pela rede hoteleira, que inclui hotéis e pousadas de alto padrão de qualidade e principalmente pela infraestrutura gastronômica. Isso sem falar na produção de queijos e de mel, de alta qualidade; na criação de trutas, incluindo a famosa truta rosa, ou truta salmonada, do chocolate artesanal e do bolo húngaro.