Governo que não condena terrorismo é conivente com ele
"Não se ouviu até agora nenhuma palavra de condenação do governo ao atentado terrorista perpetrado contra o Porta dos Fundos. Nem o presidente da República, nem o ministro da Justiça repudiaram o ato de covardia e de intolerância que chocou o país no dia de Natal", denuncia o jornalista Alex Solnik
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Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia - Não se ouviu até agora nenhuma palavra de condenação do governo ao atentado terrorista perpetrado contra o Porta dos Fundos. Nem o presidente da República, nem o ministro da Justiça repudiaram o ato de covardia e de intolerância que chocou o país no dia de Natal. Apesar de um grupo integralista e monárquico ter assumido o crime.
O gesto – ou a falta dele - do governo Bolsonaro é mais devastador que o próprio atentado. Em relação ao terrorismo não pode haver tergiversações.
Ao não condenar, ao não dar importância ao episódio que provocou danos, mas poderia ter provocado mortes, o governo colocou a carapuça: quem cala, consente. Quem não diz nada contra, diz tudo a favor.
Ao não condenar, o governo passou a mão nas cabeças dos terroristas, como a dizer que concorda com o que fizeram. E ainda manda uma mensagem a outros intolerantes: podem agir da mesma forma contra alvos semelhantes que também não serão condenados.
O primeiro dever do estado é proteger seus cidadãos. Ficou óbvio que o governo não cumpriu com seu dever. Não só os artistas do Porta dos Fundos como todos os que trabalham com eles estão inseguros e desprotegidos. Nada garante que o atentado com coquetéis molotov não tenha sido o primeiro de outros, contra eles ou outros “inimigos”.
Mas há muito mais inseguros e desprotegidos. Todos os que não adotam a agenda cultural, religiosa ou política do governo estão, em potencial, sujeitos a ataques covardes como o desfechado contra o Porta dos Fundos.
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