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Sérgio Fontenele

Sérgio Fontenele é jornalista e comentarista político

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Governo repassa R$ 200 bi a bancos, na pandemia

O Ministério da Economia até anunciou pacote de R$ 750 bilhões para injetar na economia e, segundo ele, garantir renda e crédito durante a crise do coronavírus. Desse total, R$ 200 bilhões serão repassados para os bancos privados, a título de liberação de depósitos compulsórios pelo Banco Central. Um negócio da China

Pessoas caminham utilizando máscaras de proteção no Rio de Janeiro (RJ) (Foto: Reuters)
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Publicado originalmente no Pensar Piauí

A Câmara dos Deputados tenta fazer sua parte, na mega crise do coronavírus, que atingiu a saúde, se constitui em grave ameaça de morte e sofrimento extremo, para milhões de pessoas em todo o mundo, e atingiu as economias de países dos diversos continentes. Sim, o parlamento agiu e tomou medidas mínimas para garantir a sobrevivência do povo brasileiro, sobretudo os mais necessitados, desempregados, informais, aqueles cujos salários estão sendo descontados ou foram suspensos, no momento em que a pandemia grassa no País.

Nesse sentido, aprovar projeto que prevê pagamento de R$ 600, durante três meses, aos informais e mães solteiras chefes de família, é muito bem vindo. A medida ainda depende da aprovação do Senado Federal, que deverá referendá-la de qualquer modo. Seria o mínimo a se esperar do estado brasileiro, já que o Executivo se mostra sem comando, dividido internamente, em conflito com os governadores e poderes constituídos, incapaz de tomar as medidas necessárias para enfrentar esta crise sob os aspectos sanitários, sociais e econômicos.

Como se não bastasse, há um personagem aparentemente sem sanidade mental, desequilibrado emocionalmente, desqualificado para exercer as funções do cargo que ocupa, sem condições políticas, morais e de governabilidade, em especial neste momento de calamidade nacional talvez nunca visto na história. Todo mundo sabe de quem se trata, é lógico. O presidente Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira (27-3), disse que tem brasileiro pulando no esgoto, sem que nada aconteça em termos de contaminação ou dano à própria saúde.
COVID-19 é fichinha

Com isso, quer dizer que a COVID-19 é fichinha para o brasileiro, que, segundo Bolsonaro, é um caso a ser estudado, pois se trataria de um povo mais imune do que o restante da humanidade e já teria desenvolvido um anticorpos para o coronavírus. Ou seja, mais uma reiterada declaração, que, de tão vulgar, inapropriada, desrespeitosa e irresponsável, dispensa comentários. Cabe a alguém governar o poder público, de modo a fazer frente à crise da pandemia. Bolsonaro e seus seguidores seguem botando o povo para trabalhar.

Dane-se a quarentena, que se dane o confinamento horizontal. Sendo assim, tanto o parlamento quanto os governos estaduais – alguns já começam a dar sinais de que podem acompanhar o movimento encampado por Bolsonaro – trabalham para enfrentar o que ainda virá de pior, provocado pela COVID-19. Outro exemplo é a votação, na Câmara Federal, estendendo os benefícios sociais, podendo chegar a R$ 1,2 mil para a mãe solteira chefe de família. A proposta inicial do governo era de R$ 200 para os trabalhadores informais.

De qualquer forma, são insuficientes as providências, tanto do Executivo quanto do Legislativo. É preciso fazer muito mais para amparar os trabalhadores, desempregados, informais e pobres à mercê da sorte. O Ministério da Economia até anunciou pacote de R$ 750 bilhões para injetar na economia e, segundo ele, garantir renda e crédito durante a crise do coronavírus. Desse total, R$ 200 bilhões serão repassados para os bancos privados, a título de liberação de depósitos compulsórios pelo Banco Central. Um negócio da China.

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