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Reginaldo Lopes

Economista e deputado federal pelo PT/MG

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Greve geral une trabalhadores e fortalece democracia participativa contra perdas de direitos

O sucesso da greve geral decorreu da maturidade da classe trabalhadora brasileira. A união das centrais sindicais, algo considerado improvável, pelas forças de direita, empenhadas, com seu braço midiático oligopolizado, em trabalhar contra tal possibilidade, foi a prova concreta dessa maioridade moral e material que produziu paralisação de mais de dois terços das atividades produtivas em todo o País

São Paulo 15/05/2016 Ato contra Michel Temer na Rua da Cosnolação . Foto Paulo Pinto/Agencia PT (Foto: Reginaldo Lopes)
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O sucesso da greve geral decorreu da maturidade da classe trabalhadora brasileira.

A união das centrais sindicais, algo considerado improvável, pelas forças de direita, empenhadas, com seu braço midiático oligopolizado, em trabalhar contra tal possibilidade, foi a prova concreta dessa maioridade moral e material que produziu paralisação de mais de dois terços das atividades produtivas em todo o País.

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A mapa do Brasil, apresentado pela Globo, pontilhando indicações das regiões onde as paralisações ocorreram, mostrou um país cuja classe trabalhadora evidenciou sua nítida consciência de classe do dever de defender interesses sociais e econômicos, vilipendiados pelo capitalismo selvagem, em prol do legítimo desenvolvimento nacional com melhor distribuição da renda.

Esse foi o grande recado: politização da greve como repúdio à tentativa fascista do governo de desmontar direitos constitucionais sem os quais as perspectivas econômicas inexistem para todas as forças produtivas.

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Em todas as capitais o espírito de união de luta manifestou-se forte.

Minas Gerais deu exemplo digno de que não passarão os que atentam contra as forças populares irmanadas em senso de justiça política expresso na defesa daquilo que vai se transformando na maior demanda da sociedade: democracia participativa contra perda de direitos.

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Como destacou o bispo de Belo Horizonte, Dom João Justino, configurando alinhamento da Igreja Católica à luta dos trabalhadores, não haverá paz social sem justiça social, e os trabalhadores, nesse momento, unidos em torno de centrais sindicais, simbolizam, à perfeição, essa luta.

A tentativa de taxar a greve geral de mero movimento de protesto, afetado pela violência e baderna, como se os trabalhadores fossem seres infantilizados, inconscientes do ato que praticam, foi desmentida pelos fatos.

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Os meios de comunicação, capitaneados pela Rede Globo, em cadeia oligopolizada, na qual se nota ausência completa de espírito crítico, não lograram êxito em sua tentativa permanente de manipulação da verdade.

Os comentaristas fugiram do fato principal denotado pela greve geral: o avanço, que pode ser considerado revolucionário, da consciência social dos trabalhadores para superar divisões episódicas em suas fileiras, para fazer valer a unidade de luta, nas ruas.

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Deram, dessa forma, o duro recado ao governo ilegítimo e a sua base conservadora no Congresso, de que está fadada ao fracasso a sua continuidade política, se insistirem em continuar dando as costas para a população.

A unidade de ação e luta dos trabalhadores não poderia ser mais clara: serão eliminados, nas próximas eleições, os que atentarem contra os legítimos direitos constitucionais dos trabalhadores, como ocorreu, semana passada, no Congresso, por parte de uma representação alienada dos interesses populares.

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O movimento vitorioso da greve geral, certamente, produzirá consequências políticas relevantes.

Além de representar duríssimo recado ao governo e seus seguidores, no Legislativo, dominado pelo pensamento conservador, elitizado, antipopular, os trabalhadores, em torno da unidade de luta que construíram, na sexta feira histórica, sinalizaram às forças progressistas a necessidade inadiável de ser erguida frente política popular das forças cívicas e militares, para tomada do poder, democraticamente, com programa desenvolvimentista, nacionalista, de resgate do País mergulhado no desastre neoliberal, que aprofunda desemprego, levando-o à casa dos 15% da população economicamente ativa.

Nesse sentido, reforça a unidade dos trabalhadores a defesa da supressão da principal medida econômica adotada pelo ilegítimo governo Temer, assim que assaltou o poder, ou seja, o congelamento dos gastos públicos por vinte anos, impondo ao país uma era econômica glacial suicida.

Somado congelamento criminoso às contrarreformas da Previdência e do Trabalho, massacrando direitos e garantias constitucionais, o resultado será o aprofundamento ainda maior da recessão e do desemprego, cujas consequências são óbvias: queda da renda, da arrecadação e dos investimentos, ao lado da superconcentração da riqueza e consequente centralização do poder antidemocrático.

Nesse contexto de completa desarticulação da economia, que produz desinflação forçada por meio do esmagamento do consumo do povo, nossa moeda continuará se valorizando artificialmente, no compasso da prática dos juros altos, responsável por gerar câmbio incapaz de produzir competição econômica interna e externa, enquanto a dívida, maior fonte do déficit público, continuará se expandindo, inviabilizando gastos públicos em saúde, educação, segurança, infraestrutura etc.

A greve geral vitoriosa eclodiu, às vésperas do dia do trabalhador, justamente, para repudiar, politicamente, tais desajustes estruturais que criminosamente produzem a política macroeconômica conduzida pelos representantes dos bancos, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente do Banco Central, Ilan Goldfanj, homem do Banco Itaú.

Alinhados às forças especulativas, incapazes de criar expectativas econômicas positivas, a política macroeconômica conduzida por ambos atende, apenas, interesses do mercado financeiro, enquanto são massacrados interesses dos setores produtivos, desestimulados a irem aos investimentos, no ambiente econômico carente de consumo.

O resultado é a fragilização econômica, repudiada pelos trabalhadores, maiores afetados, com o avanço do desemprego e da desnacionalização econômica conduzida pelo governo entreguista de Michel Temer, detentor de meros 4% de aceitação junto à população.

Por tudo isso, serão infrutíferos os esforços da equipe governamental e sua base política, apoiados por mídia oligopolizada antinacionalista, de desqualificar e descaracterizar o movimento grevista de sua essência política.

Contra fatos não há argumentos.

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