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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

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Guerra ideológica à vista: nacionalismo x neoliberalismo

De um lado, os nacionalistas Haddad, Ciro, Boulos; do outro, os neoliberais Alckmin, Bolsonaro, Meirelles, Amoedo, Marina Silva e Álvaro Dias. É a velha disputa ideológica que vem desde a revolução de 1930

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Guerra ideológica

A luta política é e sempre será, sobretudo, luta ideológica, como dizia Glauber Rocha, filósofo cultural e cineasta nacionalista-marxista, pai do Cinema Novo.

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A questão ideológica, esteve, até, agora, acanhadamente, exposta na disputa eleitoral, mas promete ficar escancarada, no segundo turno, se houver.

De um lado, os nacionalistas Haddad, Ciro, Boulos; do outro, os neoliberais Alckmin, Bolsonaro, Meirelles, Amoedo, Marina Silva e Álvaro Dias.

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É a velha disputa ideológica que vem desde a revolução de 1930, apoiada por união cívico-militar, comandada por Getúlio Vargas.

Na ocasião, estava em cena novo nacionalismo getulista-tenentista-europeu contra o neoliberalismo da República Velha, dominado pelo pensamento colonial anglo-americano, representado, política e ideologicamente, pela UDN, sucursal da CIA no poder tupiniquim colonizado.

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O domínio econômico, financeiro e ideológico anglo-saxônico se opunha, por meio da UDN e generais, ideologicamente, comprados por Washington, ao nacionalismo getulista-tenentista.

Cenário semelhante 

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Cenário semelhante vigora, agora, guardadas variáveis circunstanciais, historicamente, diversas.

De um lado, os neoliberais, cujos propostas são derivativos do programa  Ponte para o Futuro de Temer, verdadeiro fracasso, como comprovam as candidaturas neoliberais em naufrágio eleitoral de Alkcmin, Meirelles, Marina, Amoedo e Álvaro Dias.

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Bolsonaro, também, neoliberal radical, se salva porque foge do debate econômico, dada a explosividade política que sua proposta contém de condenar à morte os trabalhadores assalariados e servidores, bem como destruição do estado nacional e as empresas estatais que o ergueram, como Petrobrás e Eletrobrás.

A proposta econômica de Bolsonaro é, igualmente, sinônimo de destruição de direitos e conquistas sociais, a serem reescritos por Constituição a ser elaborada não pelo povo, mas pela elite política e economicamente conservadora, dominada por mentalidade neocolonial golpista.

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Exposto ao sol, o bolsonarismo, como aconteceu com o temerismo, pode, no segundo turno, virar bolha especulativa política candidata à implosão.

Por isso, o capitão não foi ao debate na Globo, para não ser, eleitoralmente, implodido com seu discurso antinacionalista e racista.

Dois projetos 

Estão em luta duas propostas de país:

1 – a de Haddad-Manuela-Lula propõe soberania econômica, financeira e democrática, com desenvolvimento nacionalista e distribuição de renda, guardiã constitucional dos direitos sociais e econômicos; suas armas são valorização dos salários, do consumo interno, dos investimentos industriais, da expansão da participação nacional no cenário global, como potência emergente, decorrente da sua riqueza e influência geopolítica global.

2 – a  de Bolsonaro-Paulo Guedes coloca o país rendido à lógica do mercado financeiro, que amplia cada vez mais sua participação especulativa no orçamento nacional, para abocanhar receitas financeiras anuais de mais de R$ 400 bilhões, em forma de juros e amortizações da dívida.

Todos os demais setores sociais se tornam financeiramente órfãos com o avanço dos agiotas do mercado especulativo sobre o orçamento geral da União, congelado para o povo e descongelado para banqueiros.

É a crise permanente.

Economia política petista

Os neoliberais, pejorativamente, chamam a proposta Haddad-Manuela-Lula, de combate à agiotagem especulativa, de nova matriz econômica.

Seria a economia política petista-lulista.

Eles morrem de medo dela, dado seu conteúdo político impulsionado por crescente participação popular na formulação de políticas públicas.

Pregam, em contrapartida, economia neutra cujas leis funcionem ao largo da realidade, para criar falsa homogeneidade social artificial, destituída do seu conteúdo de classe.

Nesse sentido, Lula é continuidade de Getúlio, ao tentar pregação varguista favorável à ampliação dos interesses populares no orçamento da união, como ponto de partida de nova política econômica nacionalista desenvolvimentista.

Por isso, levantam-se contra Lula e Haddad os mesmos inimigos de Getúlio, a velha UDN washingtoniana, sucursal política da Cia, montada para destruir o getulismo, como a Lavajato, também, montada nos Estados Unidos, visa destruir o petismo lulista e a estrutura econômica nacionalista que está por trás dele.

Lamentavelmente, no último debate eleitoral, na Globo, a população ficou a ver navios sobre a questão ideológica central da luta política: nacionalismo x neoliberalismo.

Se houver segundo turno, o tema pegará fogo.

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