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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Haddad não vai polarizar com Bolsonaro

"Até Haddad entrar em campo vicejava um discurso na mídia e nas campanhas de alguns candidatos segundo o qual a eleição caminharia inexoravelmente para uma indesejável polarização entre extrema-direita e extrema-esquerda", diz o colunista Alex Solnik; "Haddad está desmontando essa narrativa. Ele passa longe do discurso extremista que se atribuía a ele por antecipação. Apresenta-se como homem do diálogo, capaz de conversar com todos os setores da sociedade, deslocando sua candidatura para a centro-esquerda"

Haddad não vai polarizar com Bolsonaro
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Até Haddad entrar em campo vicejava um discurso na mídia e nas campanhas de alguns candidatos segundo o qual a eleição caminharia inexoravelmente para uma indesejável polarização entre extrema-direita e extrema-esquerda. A primeira representada por Bolsonaro. A segunda, pelo PT. "É preciso cevar um candidato de centro", imploravam editoriais da imprensa obtusa e conservadora quase diariamente.

Haddad está desmontando essa narrativa. Ele passa longe do discurso extremista que se atribuía a ele por antecipação. Apresenta-se como homem do diálogo, capaz de conversar com todos os setores da sociedade, deslocando sua candidatura para a centro-esquerda. Não quer ser o extremo oposto de Bolsonaro. Ele e a maioria dos brasileiros sabe que confronto, ainda mais numa quadra de crise, não leva à prosperidade. O momento exige distensão porque os brasileiros têm fome.

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Haddad revelou a estratégia na entrevista ao UOL. Fez questão de dizer que é amigo cordial do atual presidente do Banco Central e já discutiu com ele ideias como a de baixar imposto de banco que reduzir seus juros, ao que ele não se opôs. Mas deixou claro que não vai convidá-lo para continuar por se dar bem com ele.

Também confirmou que não irá fazer restrições aos chamados "golpistas", como pregam alguns petistas. Pode parecer estranho a muitos, mas foi o modelo dos oito anos de governo Lula, cujo vice era milionário e ministérios foram administrados por partidos conservadores.

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A estratégia é inteligente. Sem ter um opositor na extrema-esquerda, que é do que ele mais precisa para sobreviver, Bolsonaro fica sem seu principal discurso. E sem esse discurso do ódio aos "comunistas" sua campanha não funciona. Seus ataques ficam sem efeito. Ele vira um pugilista desferindo socos no vazio.

A mídia também perde seu principal argumento para derrubar Haddad quando descobre que ele não tem nada de incendiário.

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O único extremista da eleição está num leito de hospital.

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