Hoje em dia nenhuma solução política no Brasil é conveniente para o governo Norte-americano
O que se repete é a possibilidade de realinhamento para fora da hegemonia norte-americana, algo que seria altamente desastroso para um país em crise econômica e social como os Estados Unidos
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Nas últimas semanas configurou-se uma situação no Brasil que é tremendamente desfavorável para o capital internacional dominado pelos Estados Unidos, ou seja, talvez pela primeira vez os norte-americanos não tem nenhuma situação confortável na sua política na América do Sul. Vamos supor os seguintes cenários que podem ocorrer nos próximos meses e mostrar quão indigestos são para hegemonia norte-americana. Os cenários possíveis são:
- Continuidade do governo Bolsonaro, errático e desastroso até as eleições de 2022.
- Uma radicalização ou tipo neofascista, ou protofascista ou ainda uma ditatorial tipo 1964 com Bolsonaro ou mesmo o General Mourão.
- Uma derrubada da chapa Bolsonaro-Mourão para a introdução de um governo tipo 1964.
- Uma fraude eleitoral para impor um nome do centrão no governo.
- Uma eleição não fraudada com um governo do PT (Lula ou outro sucessor).
A hipótese (1) os próprios norte-americanos preveem um governo fraco e com tantas dificuldades que podem levar a uma revolta popular espontânea que como não há nenhuma figura forte exceto Lula, poderia chegar a qualquer resultado inesperado na política e até no sistema político brasileiro. Ou seja, uma incerteza absoluta do que resultaria nisso.
A hipótese (2) de uma tentativa de golpe interno feito por Bolsonaro ou talvez pelo seu sucessor General Mourão para implantar uma série de variações sobre o mesmo tema do neofascista até algo similar a 1964 a situação da crise internacional do capitalismo impediria que esse permitisse algumas benesses que garantisse a estabilidade do golpe, pois o governo continuaria fraco, podendo seguir um pouco mais longe do que 2022, mas as contradições seriam tão grandes que a sua derrocada seria um desastre ao partido militar. Além dessa possibilidade há uma incerteza que poderia ocorrer com um governo antidemocrático que poderia como solução a crise migrar com malas e bagagens na direção dos Brics.
Já a terceira hipótese na não existência de uma figura com algum peso político para tomar a frente desse golpe a resposta seria equivalente à das duas hipóteses anteriores, sendo que a migração em direção aos Brics teria uma maior probabilidade.
Contar com um fraude eleitoral para levar um nome que levasse a frente um projeto neoliberal de desmonte do Estado brasileiro a cada dia que passa mostra a não existência de um candidato viável e de uma base parlamentar estável, ou seja, a hipótese (4) que se Mouro não tivesse completamente desgastado como está e com tendência a queda ainda maior, seria o único candidato de confiança dos serviços secretos norte-americanos, entretanto parece que o cavalo é muito ruim de trote e nem sabe galopar. Também esse candidato das oligarquias locais poderia, se não fosse alguém comprometido até o talo dos ossos com o sistema de segurança norte-americano, a tentação de se associar aos Brics seria imensa, principalmente que esses são os possíveis maiores importadores dos produtos primários brasileiros.
A última hipótese, a quarta, com Lula ou com o impedimento desse por motivos de saúde, qualquer candidato baseado na popularidade desse e com a continuidade da desastrosa gestão Bolsonaro, reporia instantaneamente a aliança com os Brics.
Em quase todas as hipóteses o que se repete é a possibilidade de realinhamento para fora da hegemonia norte-americana, algo que seria altamente desastroso para um país em crise econômica e social como os Estados Unidos.
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