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Rogério Maestri

Engenheiro e professor na UFRGS

60 artigos

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Hoje em dia nenhuma solução política no Brasil é conveniente para o governo Norte-americano

O que se repete é a possibilidade de realinhamento para fora da hegemonia norte-americana, algo que seria altamente desastroso para um país em crise econômica e social como os Estados Unidos

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Nas últimas semanas configurou-se uma situação no Brasil que é tremendamente desfavorável para o capital internacional dominado pelos Estados Unidos, ou seja, talvez pela primeira vez os norte-americanos não tem nenhuma situação confortável na sua política na América do Sul. Vamos supor os seguintes cenários que podem ocorrer nos próximos meses e mostrar quão indigestos são para hegemonia norte-americana. Os cenários possíveis são: 

  1. Continuidade do governo Bolsonaro, errático e desastroso até as eleições de 2022. 
  2. Uma radicalização ou tipo neofascista, ou protofascista ou ainda uma ditatorial tipo 1964 com Bolsonaro ou mesmo o General Mourão. 
  3. Uma derrubada da chapa Bolsonaro-Mourão para a introdução de um governo tipo 1964. 
  4. Uma fraude eleitoral para impor um nome do centrão no governo. 
  5. Uma eleição não fraudada com um governo do PT (Lula ou outro sucessor). 

A hipótese (1) os próprios norte-americanos preveem um governo fraco e com tantas dificuldades que podem levar a uma revolta popular espontânea que como não há nenhuma figura forte exceto Lula, poderia chegar a qualquer resultado inesperado na política e até no sistema político brasileiro. Ou seja, uma incerteza absoluta do que resultaria nisso. 

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A hipótese (2) de uma tentativa de golpe interno feito por Bolsonaro ou talvez pelo seu sucessor General Mourão para implantar uma série de variações sobre o mesmo tema do neofascista até algo similar a 1964 a situação da crise internacional do capitalismo impediria que esse permitisse algumas benesses que garantisse a estabilidade do golpe, pois o governo continuaria fraco, podendo seguir um pouco mais longe do que 2022, mas as contradições seriam tão grandes que a sua derrocada seria um desastre ao partido militar. Além dessa possibilidade há uma incerteza que poderia ocorrer com um governo antidemocrático que poderia como solução a crise migrar com malas e bagagens na direção dos Brics. 

Já a terceira hipótese na não existência de uma figura com algum peso político para tomar a frente desse golpe a resposta seria equivalente à das duas hipóteses anteriores, sendo que a migração em direção aos Brics teria uma maior probabilidade. 

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Contar com um fraude eleitoral para levar um nome que levasse a frente um projeto neoliberal de desmonte do Estado brasileiro a cada dia que passa mostra a não existência de um candidato viável e de uma base parlamentar estável, ou seja, a hipótese (4) que se Mouro não tivesse completamente desgastado como está e com tendência a queda ainda maior, seria o único candidato de confiança dos serviços secretos norte-americanos, entretanto parece que o cavalo é muito ruim de trote e nem sabe galopar. Também esse candidato das oligarquias locais poderia, se não fosse alguém comprometido até o talo dos ossos com o sistema de segurança norte-americano, a tentação de se associar aos Brics seria imensa, principalmente que esses são os possíveis maiores importadores dos produtos primários brasileiros. 

A última hipótese, a quarta, com Lula ou com o impedimento desse por motivos de saúde, qualquer candidato baseado na popularidade desse e com a continuidade da desastrosa gestão Bolsonaro, reporia instantaneamente a aliança com os Brics. 

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Em quase todas as hipóteses o que se repete é a possibilidade de realinhamento para fora da hegemonia norte-americana, algo que seria altamente desastroso para um país em crise econômica e social como os Estados Unidos. 

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