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Denise Assis

Jornalista e mestra em Comunicação pela UFJF. Trabalhou nos principais veículos, tais como: O Globo; Jornal do Brasil; Veja; Isto É e o Dia. Ex-assessora da presidência do BNDES, pesquisadora da Comissão Nacional da Verdade e CEV-Rio, autora de "Propaganda e cinema a serviço do golpe - 1962/1964" , "Imaculada" e "Claudio Guerra: Matar e Queimar".

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Intervenção federal é justa. Agora chega de conciliação!

"Chegou o momento de um acerto de contas com a história", escreve Denise Assis sobre os atos terroristas deste domingo (8) em Brasília

Lula e atos terroristas em Brasília - 08.01.2023 (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Reprodução)
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Por Denise Assis, para o 247 

Há 100 anos o jornalista Benito Mussolini marchou sobre Roma. Em vez de uma ação para coibir a ousadia o rei da Itália, Vittorio Emanuele 3º, lhe deu o cargo de primeiro-ministro, abrindo as portas para o fascismo. Nos jornais, as notícias davam conta de que: “O movimento fascista, iniciado na sexta-feira (27), está triunfando facilmente na Itália, tendo-se apenas verificado até esta segunda-feira (30 de novembro de 1922) um ou outro conflito sem importância.

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Os fascistas, organizados militarmente, estabeleceram comissões ditatoriais em várias províncias e em centenas de cidades, substituindo as autoridades constituídas. Em muitas localidades, a força pública fraternizou com os fascistas. O povo, em geral, aclama o movimento”.  

Qualquer semelhança com o que está acontecendo agora, no Brasil, não é mera coincidência. Deixaram que os terroristas orquestrados por Bolsonaro bebessem na fonte de Mussolini para organizar exatamente da mesma maneira a conhecida “insurreição”.

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Manter a estrutura de um GSI inoperante, conciliar com os comandantes das Forças Armadas, não nos legou um Estado melhor. Acoelhar-se mediante os desaforos do comandante da Marinha e fazer vista grossa à inoperância do comandante do Exército que nunca - desde o dia seguinte à eleição não moveu um dedo para desmontar o exército de fascistas que tomou as portas dos quartéis -, não logrou a tranquilidade e a desistência dos que tinham como meta levar o poder do Brasil a instituir a GLO. Esse era o plano. Uma insurreição que legasse às Forças Armadas o poder (temporário?).

Houve quem se dissesse “surpreendido” com o “levante” dos terroristas. Desculpem, mas a ninguém deveria ser dado o direito de dizer-se apanhado pelo inesperado. Esse é um plano em andamento desde os primeiros momentos da vitória do presidente Luiz Inácio lula da Silva. E até mesmo anterior. Vale lembrar que em 7 de setembro de 2021 o governador Ibaneis Rocha foi tão omisso quanto agora. E só entrou em ação naquela data depois que soube de um telefonema entre o ministro Fux, então presidente do Supremo, para o ministro da Defesa, Paulo Sergio Oliveira (ainda não investido da farda bolsonarista), e que condenava a tentativa do golpe.

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Ao longo desta semana que passou o repórter Joaquim de Carvalho do 247 desnudou para o grande público a estratégia que hoje vimos ser colocada em prática, sem que a “inteligência” captasse a veracidade do movimento.  

O que se soube foi que o ministro Flávio Dino se reuniu com as forças regulares do governo do Distrito Federal. Foi arquitetado um plano que evitasse as invasões. No entanto, na hora “H”, o que se viu foram policiais tirando fotos e vibrando com a ação dos terroristas. Não arredaram uma palha para efetuar prisões ou agir de forma enérgica.

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O governo, na pessoa do presidente Lula, às 17h52 minutos, veio a público anunciar a intervenção federal do governo do Distrito Federal. Medida justa e necessária. Agora resta contar com a colaboração do ministro da Defesa, José Mucio e com a do ministro da Justiça, Flávio Dino, para que todos os envolvidos sejam punidos de forma exemplar.  

Chegou o momento de um acerto de contas com a história. Ou se concilia e alimentam a continuidade dos movimentos golpistas, ou se enfrenta essa violência de uma vez por todas, varrendo para sempre da cena política brasileira essa sombra que nos ameaça, nos desrespeita e pisoteia a nossa Constituição e a vontade do povo que escolheu a democracia.    

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