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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Isso não é processo, é golpe preventivo contra Lula

"Golpes clássicos, militares ou parlamentares são desferidos contra governantes no poder. O jogo acaba quando o poderoso é obrigado a abandonar o palácio. O Brasil inova: o Poder Judiciário articula um golpe contra Lula antes que ele vença as eleições e o assuma. Isso que estão chamando indevidamente de Processo do Triplex é um engodo, biombo de um golpe jurídico que ninguém disfarça mais", afirma o jornalista Alex Solnik, sobre a tramitação a jato do processo de Lula na segunda instância; "É o processo mais claramente político e parcial da história da Justiça brasileira", diz ele; "Como disse Fidel, a história absolverá Lula, mas quando isso acontecer o Brasil estará irreconhecível", lembra ele

lula (Foto: Alex Solnik)
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Golpes clássicos, militares ou parlamentares são desferidos contra governantes no poder. O jogo acaba quando o poderoso é obrigado a abandonar o palácio.

O Brasil inova: o Poder Judiciário articula um golpe contra Lula antes que ele vença as eleições e o assuma.

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Isso que estão chamando indevidamente de Processo do Triplex é um engodo, biombo de um golpe jurídico que ninguém disfarça mais.

Vários sinais foram emitidos de que a turma revisora da Justiça Federal de Porto Alegre vai confirmar a sentença de Moro apesar de não haver provas contra Lula.

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E a preocupação dos juízes é que a sentença saia antes das eleições de 2018, a tempo de impedir Lula de concorrer e ganhar de lavada, como indicam as pesquisas.

Daí a tramitação a jato. Recorde. Claro, para que postergar se a sentença já está proferida?

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É o processo mais claramente político e parcial da história da Justiça brasileira.

Como disse Fidel, a história absolverá Lula, mas quando isso acontecer o Brasil estará irreconhecível.

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A elite brasileira deveria agradecer a Lula de joelhos por ter diminuído a desigualdade na sociedade brasileira, o que gerou menos tensão, e consequentemente melhorou o ambiente para a economia, mas a estupidez é tamanha que a ordem é tirá-lo de cena de forma cirúrgica, sem causar traumas, sob o pretexto da corrupção:

"Estão vendo, ele prometeu ética na política e vejam só o que fez".

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Quem diz isso são os empresários que são os primeiros da fila para comprar emendas e perdões para suas dívidas no Congresso Nacional.

Quem diz isso são os políticos que vendem emendas e perdões aos empresários que apontam o dedo para Lula.

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Não se trata de ética nem de corrupção. Se a grande preocupação do país fosse realmente com a corrupção não seria permitido ao governo Temer continuar dilapidando o país, quebrando todos os protocolos e todos os códigos de ética, passando com sua caravana sem que os mesmos cães que ladraram contra Dilma voltem a latir.

Ninguém mais duvida: aqueles piqueniques domingueiros na Avenida Paulista não eram contra a corrupção, eram contra a corrupção do PT.

A corrupção do PMDB é mais palatável. Afinal, eles sempre foram assim, não seriam diferentes agora que têm todas as chaves de todos os cofres da máquina estatal.

A julgar pelas reações dos que esperam ansiosamente ver Lula atrás das grades - o que não verão jamais - até parece que Lula, sem nenhum poder a não ser o seu carisma faz mais mal ao país do que Temer que está vendendo a Casa da Moeda e entregando uma enorme reserva na Amazônia aos mineradores, para falar apenas de suas últimas desastradas e imperiais decisões.

O Brasil continua no século 19, sujeito sempre a golpes de todos os tipos.

Mas há uma constante: todos os governantes que tentaram diminuir as desigualdades entre os mais ricos e os mais pobres e que protegeram o patrimônio brasileiro receberam em retribuição a cabeça cortada.

Pedro 2º. foi derrubado pelos militares um ano depois de libertar os escravos, em 1889, o que causou grandes perdas aos plantadores de café e à classe dominante em geral; Getúlio foi derrubado em 1946 por não aderir à cartilha dos Estados Unidos como seus ministros militares; em 1954, Getúlio foi pressionado a dar um tiro no coração depois de nacionalizar o petróleo e aumentar o salário mínimo em 100%; Jânio foi derrubado em 1961 por uma conspiração liderada por Carlos Lacerda, com apoio do ministro da Guerra quando ousou desafiar Tio Sam, abrindo relações com União Soviética, Cuba e China, embora formalmente tenha sido uma renúncia; Jango foi derrubado em 64 porque pretendia fazer as reformas de base que iriam retirar privilégios dos latifundiários e outros setores da classe dominante, embora fosse acusado de "quebrar a hierarquia militar"; Dilma foi derrubada quando as mesmas "forças terríveis" que detonaram os presidentes anteriores se deram conta que ela continuaria por mais quatro anos as políticas sociais internas e a política externa de Lula de aproximação com os países da América Latina, principalmente Venezuela e Cuba – rivalizando com a liderança norte-americana – além de estreitá-las com a China e com a Rússia e agora Lula está sendo derrubado antes de assumir.

"Não deixaremos ser candidato. Se for candidato, não deixaremos ganhar. Se ganhar, não deixaremos assumir. Se assumir não deixaremos governar".

O que Lacerda disse de Juscelino em 1956 valeu para Jânio, para Jango, para Dilma e hoje vale para Lula.

Não conseguiram derrubá-lo quando estava no poder; querem derrubá-lo antes que ele volte.

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