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Leopoldo Vieira

Marketeiro em ano eleitoral e técnico de futebol em ano de Copa do Mundo

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Janot quer o poder

Enquanto o meio político se divide entre partisans, golpistas paraguaios e o quanto pior melhor, a Procuradoria-Geral da República, Rodrigo Janot à frente, revela a cena final da Lava Jato: explodir o sistema político

Brasília- DF 17-09-2015 Foto Lula Marques/Agência PT Preisdenta Dilma durante Cerimônia de recondução do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot (Foto: Leopoldo Vieira)
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Enquanto o meio político se divide entre partisans, golpistas paraguaios e o quanto pior melhor, a Procuradoria-Geral da República, Rodrigo Janot à frente, revela a cena final da Lava Jato: explodir o sistema político.

Quem até aqui acreditou que era uma orquestração contra o PT ou que se tratava apenas do funcionamento saudável e democrático das instituições, pode rir da piada junto com o ministro da Justiça, Eugênio Aragão.

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O fato é que o Ministério Público, pelo menos a parte que conduz este processo, quer mesmo ir para a história como os redentores da nação. E aqui é preciso lançar mão de uma racionalidade alheia à política: estes senhores não tem ambição eleitoral. É crença pura fundamentalista na predestinação ou transtorno dissociativo de identidade em relação a super heróis americanos.

Os mesmos heróis que pensam salvar os índios, as mulheres, as crianças e adolescentes, os gays que, na realidade, foram ou estão sendo salvo pelas políticas públicas advindas da democracia e seu curso legítimo de confronto de interesses, visões de mundo e demandas.

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Em mais uma denúncia com o tempo político calculado - impeachment de Dilma, instabilidade da montagem de um governo Temer e vacilo do PSDB em se agregar ao vice-presidente - e com as tradicionais alegações baseadas no disse-me-disse de condenados, a PGR força a barra ao denunciar atuais ministros de estado, lideranças políticas que muito contribuíram com o País, a cúpula do PMDB e o chefe da oposição.

A tese é escabrosa: sendo,até então legal o financiamento empresarial de campanha, ele, realizado, é suspeita de crime porque empresas doadoras tem contratos com o Estado. Claro, sempre laureado com aquela retórica já sacal de "complexa organização criminosa etc e tal" para dar a ideia de Batman no meio do tiroteio em Gotham City.

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Não basta a este setor do Ministério Público ter detonado 2,5% da economia, lançando 10% da população no desemprego. Não basta ter desestabilizado a política, surtindo efeito colateral possível o de tirar 17 milhões de brasileiros da proteção social mínima e um choque de privatizações do patrimônio público. Não basta ter desestruturado a cadeia produtiva soberana do petróleo. Não basta ter destruído grande know how da construção civil, competitivo no mercado mundial. É preciso afundar - sob pretexto de refundar - o Brasil.

O perigo disso é imenso.

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Primeiro, porque políticos são eleitos e podem ser trocados, mas concursados vitalícios de um poder de estado, não. Segundo, porque a alienação política desta turma sequer suspeita dos riscos sociais e econômicos que geram para o Brasil. É como a turma que se reúne para jogar videogame e chupar pirulitos na casa da avó resolver, de uma hora para a outra, dirigir o grêmio estudantil.

Um exemplo crasso desta alienação é que, com a medida de ontem, Janot só deve ter produzido um efeito (imagino eu): fazer todos os políticos que usaram, à sua maneira e até aqui, a Lava Jato para a disputa, pensarem em pactuar uma agenda em defesa da democracia e do verdadeiro grande problema nacional, que é o desemprego.

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Não é que quem não deve não teme, é que esta regra simplesmente não está valendo devido às aparentes reais motivações e métodos da PGR e de seu campo jurídico-político.

Sem dúvida, o Brasil precisa de um novo sistema político, mas não o governo das corporações. E ele começaria a ser testado em 2016, com o fim do financiamento empresarial de campanha.

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