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Gustavo Conde

Gustavo Conde é linguista.

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Jornalismo de cativeiro da Globo agoniza diante dos fatos

O linguista Gustavo Conde, do Jornalistas Pela Democracia, afirma que o Brasil vive um momento singular não apenas no desmascaramento da Conspiração Lava Jato, mas na transição do jornalismo de cativeiro para o jornalismo real; ele diz: "a indústria de fake news de Bolsonaro, Moro e Dallagnol não é uma novidade criada por eles: é o produto mais bem acabado do que foi o jornalismo brasileiro dos últimos 50 anos. No Brasil, fake news não é o 'oposto' de jornalismo, mas o seu sinônimo histórico"

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É vexaminoso ver a grande imprensa brasileira combatendo o jornalismo.

Mas sempre foi assim. O jornalismo brasileiro sempre combateu a realidade dos fatos e, portanto, o próprio conceito clássico de jornalismo.

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Este momento nos será profundamente pedagógico.

E, diga-se: é mais uma vitória estratégica de Lula.

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Em vez de regulamentar a mídia, ele a faz cometer suicídio, destroçando-a com o "WikiLeaks Brasil", o nome certo do escândalo Moro-Dallagnol.

Porque a 'âncora' que irá afundar a imprensa miliciana brasileira chama-se Lava Jato, que foi criada para destruir Lula e o PT (e fracassou nos dois intentos).

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A Lava Jato vai destruir, sim, a Globo.

Mas o que Lula tem a ver com a revelação dos crimes de Moro, Dallagnol e Globo?

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Tudo.

Ele é a razão de ser de todos esses agentes da bestialidade servil agora desmascarados com requintes de verdade.

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Explicando: destruir esse modo mafioso de se fazer jornalismo no Brasil é mais eficiente que regulamentá-lo.

Os brasileiros queremos um jornalismo de gente, não essa Casa Grande impostora que atrasou e parasitou o nosso país o deixando eternamente interrompido.

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A indústria de fake news de Bolsonaro, Moro e Dallagnol não é uma novidade criada por eles: é o produto mais bem acabado do que foi o jornalismo brasileiro dos últimos 50 anos.

No Brasil, fake news não é o 'oposto' de jornalismo, mas o seu sinônimo histórico.

É essa farsa grotesca - a de que o Brasil um dia teve jornalismo - que está sendo desmontada agora por um jornalista americano (justiça poética).

A maior fake news histórica do Brasil é a própria Globo. Seu jornalismo cancerígeno, com os bonecos de cera Cid Moreira, Sergio Chapellin e Willian Bonner produziu a classe média mais obtusa do mundo.

A pobreza e a violência brasileiras também são, em grande medida, oriundas desse modo tacanho de produzir o 'jornalismo do fingimento', de combater a realidade em vez de tentar descrevê-la.

A regra número um do jornalismo patronal brasileiro, sempre seguida e jamais enunciada foi: resistir à realidade, custe o que custar.

Exemplo? Está diante dos nossos olhos, com Globo e Estadão combatendo de frente a divulgação das mensagens promíscuas e furiosamente verdadeiras da Conspiração Lava Jato.

O jornal Folha de S. Paulo ainda estuda o caminho que irá tomar. Mas sua hesitação o torna tão torpe quanto os irmãos bastardos - filhos da mesma mãe (a elite) mas de pai desconhecido (não se sabe se o ódio, o medo, o horror ou o obscurantismo).

O Brasil está em processo de reinvenção. E tanto melhor que ela comece por esse erro fundamental que nos vitimou durante tanto tempo: o pior jornalismo do mundo.

Nota: quando eu critico o jornalismo, eu faço 'autocrítica', essa palavrinha infame tão surrada por quem a detesta - e a terceiriza.

A sorte de termos aqui um jornalista chamado Glenn Greenwald só me faz acreditar na capacidade de Lula superar todos os seus adversários e inimigos em todos os quesitos, até na predestinação.

Só um jornalista não brasileiro teria a capacidade moral e cognitiva de enfrentar um sistema midiático que, de tão arraigado em nossa mentes, naturalizou-se a ponto de turvar o julgamento até dos mais insuspeitos e bem intencionados profissionais da comunicação.

Repito: é mais uma vitória de Lula, imensa, sofisticada, tática.

Sem a colaboração criminosa com a Lava Jato, a Globo jamais teria sido desmascarada.

O sofrimento ainda é grande - sendo Bolsonaro o pior dos sintomas da doença.

Mas será proporcional ao grito de libertação, pronto para ser projetado no ar, acompanhado de um punho devidamente erguido e cerrado.

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