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Miguel Paiva

Miguel Paiva é chargista e jornalista, criador de vários personagens e hoje faz parte do coletivo Jornalistas Pela Democracia

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Jornalistas metem medo

Ninguém quer enganar ninguém e assim esperamos que a imprensa brasileira se comporte. Há um limite claro entre a opinião e a mentira. Jornalistas dos grandes veículos sendo atacados e achincalhados devem no mínimo encostar seus patrões na parede moral da dignidade e da opinião pública

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Por Miguel Paiva, do Jornalistas pela Democracia - A cada dia que passa temos noção de quanto o jornalismo incomoda a direita troglodita. O episódio da Patrícia Campos Mello que foi ameaçada e no mesmo dia o episódio deste funcionário do governo que eu me recuso a chamar de ministro, o Weintraub. Ele disse no Senado que os jornalistas parecem terroristas. Claro, para eles somos terroristas que atacamos todas as bases da incompetência, da mentira e da violência.

Jornalismo sempre foi isso. Noticiar e fiscalizar a chamada coisa pública. Achar que o jornalismo tem que ser imparcial também é outra ideia errada que só pretende enfraquecer a fiscalização para que eles possam agir de modo irregular como acontece. Exigir que só o jornalismo tenha ética em relação ao poder enquanto eles se locupletam é mais uma das imposições aos "incômodos" que o jornalismo traz.

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Jornais têm donos que pensam de um jeito e que apoiam uma turma específica ou várias. Sendo empregado daquele jornal você se comporta no limite da sua capacidade de suportar ou nas exigências da sua sobrevivência. Fora essa parcialidade natural das empresas de comunicação temos a relação com a verdade dos fatos. Fatos de um lado, opiniões de outro. Assim deveria ser, só que aqui no Brasil eles se misturam. Opiniões viram fatos e fatos são distorcidos para corroborar com a opinião emitida. 

Hoje isso ficou ainda mais claro. Você lê os jornais com os quais concorda e lê os outros, para conferir ou para discordar. Faz parte da democracia da informação. Não dá para se exigir imparcialidade quando sabemos como pensam Globo, Estadão e Folha. Exigimos um mínimo de moralidade e de compostura para evitar certas atitudes que causam antes de tudo vergonha alheia.

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É claro que o Weintraub não gosta dos jornais que o “perseguem” e fiscalizam suas barbaridades, ditas ou feitas. Ele não resiste e apela para o terrorismo da imprensa. Os investigados pelas Fake News também. É claro que não resistem à verdade e disso sabemos todos. Quando são confrontados apelam para a ofensa e continuam com as mentiras. Esse é o ponto comum que a chamada grande imprensa não pode evitar. Tem que denunciar o absurdo, independente da posição política do dono do jornal.

A imprensa americana já derrubou um presidente e continua nos pés do atual. No pé direito a Fox News a favor e no esquerdo o Washington Post e outros, fiscalizando e criticando.  

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Apoiar o Guedes e com isso suportar as sandices e grosserias do governo Bolsonaro já entram na escolha do patrão. Continuar insistindo, por causa de um número novo que surge no mercado, que a Economia vai bem, ou melhorou é uma opinião política. São os interesses da empresa jornalística, ok, mas não venham falar de imparcialidade ao julgar esses números. Opinião todo mundo tem sobre tudo, mas um fato mentiroso pode mudar a opinião de muitos e um fato inventado pode determinar, no acúmulo, uma eleição presidencial.

Essa é a questão. Disputamos atualmente um eterno Brasileirão das notícias. Mentiras de um lado e verdades tentando sobreviver a esse massacre da mídia. Mas vamos resistir. Não é raro um time pequeno virar o jogo e vencer um campeonato.

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Espera-se só que a grande imprensa mantenha no limite da opinião sua interpretação das notícias e não transforme em verdade um desejo ou um indício, como aconteceu no passado recente.

Ninguém quer enganar ninguém e assim esperamos que a imprensa brasileira se comporte. Há um limite claro entre a opinião e a mentira. Jornalistas dos grandes veículos sendo atacados e achincalhados devem no mínimo encostar seus patrões na parede moral da dignidade e da opinião pública. 

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Isso mostra quem está do lado de cá e do lado de lá da verdade e da História. Fica tão evidente que é difícil imaginar um jornal, mesmo depois disso tudo, continuar defendendo um governo que ofende seus profissionais desde a porta do Planalto até o Senado Federal.

Espera-se providências urgentes. Ponto final...ou não.

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