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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Jungmann e as balas perdidas nos Correios

"Não sei se o ministro mentiu ou apenas cometeu um equívoco primário, o que é grave para alguém na sua posição, mas a questão continua em aberto: se o lote não foi roubado nos Correios da Paraíba em 2006, onde foi roubado então?", questiona o colunista do 247 Alex Solnik diante da contradição do ministro da Segurança, Raul Jungmann, sobre a munição de 9 mm usada para matar Marielle Franco, que fazia parte de lote destinado à Polícia Federal; "Ou não foi roubado? Jungman está mais perdido que as balas que segundo ele foram perdidas nos Correios"

Jungmann e as balas perdidas nos Correios
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   Provavelmente devido ao cansaço mental dispendido nos últimos dias, ou para não deixar uma pergunta sem resposta, o ministro da Segurança Pública Raul Jungmann afirmou que a munição 9 mm usada para matar Marielle fazia parte de lote destinado à Polícia Federal que foi surrupiado na agência central dos Correios da Paraíba, em 2006. E que, depois de mais de 50 inquéritos, nunca se descobriu os culpados.

   Todos acreditaram, certos de que um ministro não sairia dizendo bobagens a esmo, apesar do absurdo: de supor que os Correios transportem munição!

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   No dia seguinte, os Correios desmentiram não só ter havido roubo como também que a companhia transportasse esse tipo de carga.

   "Em resposta às recentes notícias sobre suposto desvio de carga pertencente à Polícia Federal ocorrido nos Correios, a empresa esclarece que, no passado recente, não há nenhum registro de qualquer incidente dessa natureza e que está apurando internamente as informações", informou a empresa, em nota, acrescentando que armas, munições e drogas são alguns dos itens proibidos no tráfego postal.

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   Seria, realmente, espantoso uma fabricante de munições entregar sua mercadoria por correio e não por transporte especializado e estreitamente escoltado, ainda mais em se tratando de um cliente como a Polícia Federal.

   E os Correios manipularem cargas tão perigosas.

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   Jungmann, no entanto, considerou plausível a informação que alguém lhe passou e a passou pra frente, e não a reconsiderou nem mesmo depois do desmentido dos Correios e de ter refletido acerca do assunto.

   Não sei se o ministro mentiu ou apenas cometeu um equívoco primário, o que é grave para alguém na sua posição, mas a questão continua em aberto: se o lote não foi roubado nos Correios da Paraíba em 2006, onde foi roubado então?

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   Ou não foi roubado?

   Jungmann está mais perdido que as balas que segundo ele foram perdidas nos Correios.

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