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Evilázio Gonzaga Alves

Jornalista, publicitário e especialista em marketing e comunicação digital

48 artigos

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Kalil só vence Zema se escolher o lado certo

O prefeito da capital mineira somente poderá reverter o quadro favorável se contar com bases amplas e aguerridas no interior de Minas Gerais e de uma forte referência antibolsonarista

Alexandre Kalil e Romeu Zema (Foto: Amira Hissa/PBH | Washington Costa - SEPEC/ME)
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As pesquisas indicam que o governador bolsonarista Zema lidera a corrida pelos votos em Minas Gerais e, se as eleições ocorressem hoje, ele poderia continuar à frente do estado por mais um período. Seu principal adversário potencial, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, enfrenta o desconhecimento em todo o território mineiro, fora de Belo Horizonte e um vácuo de informações que dificulta a avaliação da péssima gestão, que seu adversário vem fazendo à frente do executivo mineiro. 

Kalil não é mais conhecido no interior, porque é um político virtualmente solitário, como vários que surgiram no cenário após as campanhas antipolíticas, que surgiram no turbilhão pós 2013. Ele não tem bases partidárias, que posicionem sua imagem nas vastidões de Minas Gerais, territorialmente um país. 

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Zema se aproveita do aspirador de atenção que é o governo Bolsonaro, que com as suas arruaças atrai toda a atenção da opinião pública nacional. Desta forma, os mineiros não prestam a atenção no governo irresponsável do estado, cujo mandatário se comportou de maneira muito parecida com o presidente miliciano durante a pandemia. O bilionário governador mineiro defendeu a criminosa imunidade de rebanho, ao sugerir que o “vírus deveria passear por aí”, defendeu o famigerado tratamento precoce e criou regras para burlar o isolamento, com o esdrúxulo plano “Minas Consciente”. 

Na área econômica e social, Zema fez uma gestão contra Minas Gerais, montando seu governo com dois grupos de predadores – os abutres paulistas indicados pelo partido NOVO, que mantém concepções econômicas do século XIX; e os bucaneiros aecistas, que quebraram o estado em uma série de governos irresponsáveis. 

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Ambos os grupos de predadores, que operam com o bilionário Zema, só têm um objetivo: saquear o patrimônio mineiro, através de suspeitas tentativas de privatização das estatais fundadas por Juscelino Kubitscheck; de mal explicados acordos bilionários com a Vale, responsável pelos maiores crimes ambientais da história brasileira; e de pedaladas temerárias envolvendo bancos “amigos”, que prejudicam o interesse dos mineiros. 

O bilionário governador de Araxá, também conduz um dos governos mais autoritários e irresponsáveis social e ambientalmente da história de Minas Gerais. 

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Como o arruaceiro de Brasília tem atraído todas as atenções para os temas nacionais, inclusive com as frequentes ameaças de endurecimento violento do golpe, Zema acaba esquecido e, nas pesquisas, assim acaba recebendo boa parte das indicações de voto dos entrevistados, que não percebem outro nome no cenário. Correndo solto e controlando a mídia velha e tradicionalmente comprável do estado, o bilionário governador do estado vai se consolidando como favorito. 

O prefeito Alexandre Kalil da capital mineira somente poderá reverter o quadro desfavorável, se contar com bases amplas e aguerridas no interior de Minas Gerais e de uma forte referência antibolsonarista, que vem perdendo apoio no estado. 

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Esta fórmula somente poderá ser aplicada com a adesão do PT e de Lula à sua candidatura. 

As pesquisas indicam que Lula já é o candidato favorito para a corrida eleitoral de 2022, em Minas Gerais, repetindo seus melhores momentos, e sua vantagem está crescendo. Desta forma, quem se escorar em Bolsonaro tende a perder, ao contrário dos que se aliarem a Lula. 

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Além de Lula, Kalil precisará das organizadas bases do PT, espalhadas por todo o interior de Minas Gerais. Nenhum outro partido tem o enraizamento do Partido dos Trabalhadores em todo o estado e a militância aguerrida do partido é o único canal, para que o prefeito de Belo Horizonte possa reverter seu desconhecimento no curto espaço de tempo disponível até as próximas eleições. 

Uma aliança entre Kalil e o PT necessariamente não envolve a vice, para o Partido dos Trabalhadores. 

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Fazer declarações de apoio ao anódino presidente do senado, Rodrigo Pacheco pode até ser um gesto de gentileza partidária, porém se Kalil resolver de fato entrar na canoa frágil do candidato a candidato à terceira via, cada vez mais inviável, será uma péssima estratégia eleitoral.

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