Lamento necessário
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O povo do antigo testamento, diante de uma grande tragédia, onde inocentes eram mortos, ou alguma catástrofe alcançava um povo, tinha o hábito de rasgar as vestes, e de se cobrir de pano de saco, e, então, lamentar profundamente o acontecido.
Essa atitude, não só levava a avaliar a extensão da angústia, mas, também, a pensar na solução para o resgate dos abatidos.
Dia 25 de novembro foi nominado pela ONU como o dia internacional de luta contra a violência à mulher. Essa nominação aconteceu em 1999.
Esta é uma das datas em que deveríamos revisitar a postura de angústia tomada pelo povo do antigo testamento. A violência contra a mulher é um ato monstruoso que denuncia a distorção da civilização, de fato, põe sob juízo toda a crença de que somos civilizados.
Essa violência se repete diariamente, vitimando mulheres de todas as idades e de todas as procedências ao redor do mundo.
Quem pode avaliar o horror que se abate sobre uma mulher que sofre violência, que é violada, desrespeitada na sua integridade, e lançada na vala comum do machismo, que, de alguma maneira, atribui alguma responsabilidade à mulher por ter sido agredida?
Até quando vamos conviver com tais barbaridades, sem nos darmos conta de que não estamos diante de uma sucessão de crimes, mas, presenciando, de forma cada vez mais grotesca, a manifestação de uma cultura, a chamada cultura do estupro, não importa qual seja a violência?
Até quando faremos de conta, de que não sabemos que cultura é uma questão de educação, e de educação de berço e de base?
Recentemente, no Brasil, tivemos uma longa discussão sobre se no ensino de base deveríamos tratar de fobias sociais, voltadas a um grupo minoritário, vítima de tais fobias.
Quando vamos começar a levar a sério a necessidade de educação das crianças, em relação ao direito das meninas?
Quando vamos começar a reconhecer que temos um problema cultural que precisa ser atacado na sua gravidade, qual seja, o reconhecimento da mulher como sujeito de direito.
Alguém dirá que isto é o óbvio, e está contemplado universalmente. Mas, os fatos dizem o contrário. E este é um fenômeno com característica transcultural.
Essa não deve ser uma luta apenas das mulheres, tem de ser uma luta da espécie humana pela recuperação da noção de humanidade, da noção da igualdade e da unidade humanas.
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