Lição do dia
"Mais uma vez o chavismo mostrou sua superioridade teórica e estratégica sobre os pensamentos hegemônicos na esquerda brasileira desde 1958", diz o jornalista Breno Altman, editor do site Opera Mundi; "Cada variável com seus modos, a lógica que a todos permeia está na abdicação da questão do Estado, da passagem do poder às classes trabalhadoras, como o elemento central de qualquer estratégia socialista"
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Mais uma vez o chavismo mostrou sua superioridade teórica e estratégica sobre os pensamentos hegemônicos na esquerda brasileira desde 1958.
Originários da estratégia nacional-democrática do PCB, transitando pelo frentismo sem independência e hegemonia da classe trabalhadora durante a ditadura, incorporando ideias do eurocomunismo nos anos 70 e 80, fundindo-se ao catolicismo progressista e ao sindicalismo combativo no surgimento do PT, transformando-se em reformismo sem ruptura a partir dos anos 90, esses pensamentos têm em comum o abandono do conceito de revolução como eixo estruturante.
Cada variável com seus modos, a lógica que a todos permeia está na abdicação da questão do Estado, da passagem do poder às classes trabalhadoras, como o elemento central de qualquer estratégia socialista.
Claro que muitos grupos, lideranças e intelectuais tentaram romper esse círculo de ferro, mas de forma errática, minoritária ou passageira.
A consequência foi que, na melhor das hipóteses, a esquerda brasileira chegou a uma estratégia de governo, bem conduzida pelo PT até um certo ponto, mas nunca a uma estratégia de poder.
Ao contrário do que ocorre com o chavismo, mesmo em meio a seus dilemas e contradições.
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