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Cássio Vilela Prado

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Lula e a pedra

A esquerda (principalmente o petismo) insiste em jogar esse jogo viciado com as cartas dadas pelo seu oponente. Ficar nesse lugar, na esperança de reformar as sentenças anunciadas é suicídio. O campo discursivo da direita já deu o seu veredito, subscrito pelo povo sofredor embora menos esclarecido (no sentido de esclarecimento)

Lula (Foto: Cássio Vilela Prado)
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O que dizer sobre o julgamento em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no TRF4, em Porto Alegre-RS?

Não há nada de novo, exceto o aumento do tempo da punição (pena) imposta. Os discursos dos três desembargadores que confirmaram a sentença confluíram na mesma direção, exaltando de forma excessivamente afetiva os trabalhos do Juizado de Primeira Instância (Curitiba-PR). Assim também procederam as palavras do procurador de justiça, contudo com uma tonalidade mais emocional e “filosófica”, “martelando” às cegas o réu, destilando-lhe fortes doses de seu veneno intelectual-emocional.

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Aliás, tanto o procurador quanto os três desembargadores falaram o mesmo dialeto “juridiquês” e “metafísico”, inclusive na composição estética e ética da mesa da corte, compartilhando também a mesma mesa do almoço.

Afora essas considerações, não se viu nada de novo, mas uma reedição daquilo que os principais juristas e intelectuais brasileiros e estrangeiros já anteviam, ou seja, que nada mudaria em relação ao veredito anterior da primeira instância de Curitiba-PR.

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Também não se viu nada de novo na linguagem da defesa do réu senão o seu contraditório, também técnico-afetivo, totalmente dispensável, haja vista que o voto do relator do processo e dos demais desembargadores já estavam prontos para leitura, independente de quaisquer manifestações da defesa. Só faltou o advogado de Luiz Inácio sentar-se à mesa do Tribunal e à mesa da refeição, embora não fosse necessário, pois já estavam todos eles assentados no mesmo lugar discursivo, todavia em lados opostos. Espetáculo teatral midiático.

E por que assim se conjectura?

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Porque a esquerda brasileira continua combatendo o seu opositor no mesmo campo discursivo, ou seja, no campo das representações no qual quem escolheu o baralho e dá as cartas é o dono da banca (ou do Banco), como a esquerda já deveria obrigatoriamente saber, recentemente escancarado no Golpe de 2016. - O golpe na Presidenta Dilma Rousseff: Golpeachment - As cartas desse combate (jogo) já estão infectadas.
Interessa menos se o Sr. Lula cometeu ou não crimes do que eliminar a esquerda e o povo (não só o Lula) do jogo. Neste sentido Lula é uma representação, assim como o foi a Sra. Dilma, independentemente da existência ou não de infrações administrativas e penais. Caso fosse relevante a presença de delitos, Aécio, Temer, etc., estariam condenados pela justiça superior brasileira (STF – Supremo Tribunal Federal).

Mas não, a esquerda insiste em jogar esse jogo viciado com as cartas dadas pelo seu oponente. Ficar nesse lugar, na esperança de reformar as sentenças anunciadas é suicídio.

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O campo discursivo dominado pela direita já deu o seu veredito, subscrito pelo povo sofredor embora menos esclarecido (no sentido de esclarecimento).

É preciso sair desse campo de batalha simbólico, faz-se necessário buscar outras trincheiras e outras estratégias: ocupar tudo e desocupar esse labirinto da 'linguagem contaminada': "a linguagem é um labirinto de caminhos. Você entra por um lado, e sabe onde está; você chega por outro lado, ao mesmo lugar, e não sabe mais onde está". - Filosofia e método no segundo Wittgenstein: uma luta contra o enfeitiçamento do nosso entendimento - Talvez próximo ao ato da professora e filósofa Marcia Tiburi, na Rádio Guaíba, em Porto Alegre (RS) - Márcia Tiburi abandona entrevista ao ver Kim Kataguiri (24/01/2018) Vídeo ORIGINAL - não deixa de ser uma das atitudes necessárias.

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Diferente disso é repetir o “calvário de Sísifo” e não ultrapassar a “montanha”, dobrando-se e caindo de joelhos diante de seu algoz, com a “pedra” ao lado.

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