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Emir Sader

Colunista do 247, Emir Sader é um dos principais sociólogos e cientistas políticos brasileiros

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Lula é o candidato da democracia

O futuro do Brasil se decide este ano, que é de transição: para a consolidação do regime autoritário atual ou para a reinstauração da democracia, diz Emir Sader

Lula (Foto: Ricardo Stuckert)
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O Brasil viveu quase a metade do tempo sem democracia nos últimos 90 anos. A direita rompeu a democracia duas vezes – em 1964 e em 2016. Sempre supostamente para defender a democracia.

Enquanto o Brasil vivia um primeiro período mais ou menos longo de democracia – de 1945 a 1964 -, a direita já articulava, com a fundação da Escola Superior de Guerra, dirigida por Golbery do Couto e Silva e Carlos Castelo Branco, inspirados na ideologia da segurança nacional. Um processo que desembocou no golpe de 1964 que, em nome da defesa da democracia contra um suposto plano de golpe para ruptura da democracia por João Goulart, impôs a mais brutal e prolongada ditadura da história brasileira: de 1964 a 1985.

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Na transição democrática, a direita conseguiu impedir a eleição direta para o primeiro presidente civil desde 1960, promovendo um regime democrático limitado à reinstauração de um sistema político liberal. O Brasil, o país mais desigual do continente mais desigual do mundo, manteve essas características, herdadas da ditadura, em democracia.

Esse período – de 1989 a 2016 – teve uma etapa neoliberal – com os governos de Collor e FHC -, eleitos e reeleitos em eleições democráticas – 1989, 1994 e 1994. Na segunda etapa, o PT elegeu e reelegeu presidentes em quatro eleições democráticas sucessivas – 2002, 2006, 2010 e 2014.

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Colecionando quatro derrotas sucessivas e com a perspectiva de seguir sendo derrotada – provavelmente com a nova candidatura do Lula –, a direita voltou a romper a democracia, com o golpe de 2016. Um golpe que incluiu a derrubada da Dilma sem nenhum crime que justificasse o impeachment, a prisão e impedimento de Lula – favorito para ganhar no primeiro turno – e a imposição da vitória do Bolsonaro como presidente.

De novo a polarização no Brasil passou a se dar entre democracia x ditadura. O tipo de regime autoritário instalado com o governo de Michel Temer e continuado com Bolsonaro representa a ruptura com a democracia.

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Lula, por sua vez, representa a luta pela restauração da democracia. Eleito e reeleito na democracia, baseava sua liderança, por um partido democrática de esquerda. Sua candidatura não é apenas uma candidatura do PT ou da esquerda, mas uma candidatura que representa, hoje, a única via possível para a restauração da democracia no Brasil.

A resistência à democracia tem no governo Bolsonaro, com seus apoios nos milhares de militares, em representação de metade dos evangélicos, e em parte da mídia, seu principal obstáculo. Se apoia no anti-petismo – no que exista ainda ele – e promove toda forma de guerra cultural contra o Lula e o PT, incluídos robô e fake news – e no modelo neoliberal, com as forças que ainda apoiam esse modelo.

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Para enfrentar esse bloco de forças, somente uma liderança muito forte como a de Lula, que organiza um bloco anti-bolsonarista, congregando as forças de esquerda, de centro e de centro-direita.

Seu programa propõe a restauração da democracia e a colocação em prática de um programa anti-neoliberal, considerando que este promoveria a democratização da sociedade brasileira. Resgataria o papel ativo do Estado, como indutor do crescimento econômico, implementador de políticas sociais e promotor da redemocratização da sociedade. 

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Lula é o candidato da democracia, o candidato que agrega a todas as forças que, pela oposição ao bolsonarismo, atuam para derrotar as forças anti-democraticas. Sob a liderança de Lula, se somam ao bloco democrático, de restauração de um Estado democrático de direito. 

As eleições de outubro – tanto a presidencial como as para o Congresso – serão decisivas. Reforçarão o regime de ruptura com a democracia ou promoverão como hegemônicas as forças democráticas. 

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Por isso, o futuro do Brasil se decide este ano, que é um ano de transição para o país. Ou para a consolidação do regime autoritário atual ou para a reinstauração da democracia no país.

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