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Moisés Mendes

Moisés Mendes é jornalista, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim). Foi editor especial e colunista de Zero hora, de Porto Alegre.

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Lula esculhambou com a aglomeração de Bolsonaro e da direita

"Com Lula, temos um Bolsonaro estressado, acossado, combalido, já sem forças para brigar com o STF. Lula reapareceu e descompensou Bolsonaro", afirma Moisés Mendes, do Jornalistas pela Democracia. "Por isso, são articuladas as próximas manobras para que Lula deixe de assustar Bolsonaro e os que ajudaram a inventar o genocida", completa

Lula e Bolsonaro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Ricardo Stuckert)
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Por Moisés Mendes, do Jornalistas pela Democracia

A reaparição de Lula desmontou a aglomeração dos que se divertiam, entre empresários, jornalistas de direita, pensadores liberais e agregados, escolhendo o que seria o candidato de centro para enfrentar Bolsonaro.

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Um candidato arrumadinho, cheiroso, fofo e que pudesse ser apresentado como uma opção moderada, mas avançada em costumes e abnegada em relação a meio ambiente e outros temas caros aos progressistas.

Lula esculhambou com o roteiro que vinha sendo cumprido e que atendia também aos interesses de Bolsonaro, do Centrão, da direita tucana, de grileiros, milicianos e militares.

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A reaparição de Lula redesenha circunstâncias, e o futuro passa a ser incerto para todos eles. Se não fosse a presença de Lula, a CPI do Genocídio poderia incomodar e fazer estragos, mas nem tanto como agora.

Com Lula assombrando a direita, qualquer dano passa a ser potencializado. Se não fosse Lula, o embate de Bolsonaro com o Supremo talvez tivesse as mesmas feições do confronto que vem desde o ano passado, com a ameaça do jipe, do cabo e do soldado e apenas sem Sara Winter.

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Com Lula, temos um Bolsonaro estressado, acossado, combalido, já sem forças para brigar com o STF. Lula reapareceu e descompensou Bolsonaro.

Se não fosse a presença ostensiva de Lula, os militares do alto comando mandados embora poderiam ficar mais um tempo com Bolsonaro, como vinham ficando, com alguns desgastes, mas sem rupturas.

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Com a sombra de Lula, Bolsonaro ficou mais inseguro e precisou forçar a fidelização de quem está por perto, com ou sem farda.

Se não fosse Lula, a sabotagem que leva ao genocídio da pandemia teria as mesmas consequências humanas, sociais e econômicas que vinha tendo.

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Mas agora são acrescentados à tragédia humana os estragos políticos nos redutos da extrema direita, tudo por causa de Lula. A pandemia descontrolada, com Lula por perto, deixa de ser um projeto de matança e vira um problema para Bolsonaro.

Com Lula assombrando o fascismo, Bolsonaro virou um apressado atrás de vacinas e, daqui a pouco, mais um vacinado.

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Se não fosse Lula, Bolsonaro continuaria dizendo bobagens, mas não diria que está se lixando para 2022. Bolsonaro é um sujeito atordoado pela presença de Lula e só pensa em 2022.

A partir de agora, Bolsonaro não enfrenta mais um candidato imaginário que a direita tentava inventar como sua fantasia centrista.

Lula também descompensou a imprensa. Muita gente ainda paga, e paga muito bem, para ler os analistas que anunciaram o retorno de Lula à política como um fato pró-Bolsonaro.

Não são ingênuos, nem desinformados, são parte da torcida da direita trabalhando para a extrema direita.

Os analistas de direita de Globo, Folha e Estadão anunciaram que, depois do processo de suspeição de Moro, quem mais deveria comemorar era Bolsonaro.

Venderam a tese da polarização, segundo a qual Lula iria favorecer a estratégia de Bolsonaro ao livrá-lo de enfrentar um moderado de centro. Mesmo que as pesquisas reafirmem que esse candidato não existe.

Por tudo isso, são articuladas as próximas manobras para que Lula deixe de assustar Bolsonaro e os que ajudaram a inventar o genocida. Anunciam, como tática do terror, que o Supremo pode reverter a suspeição de Moro.

A grande imprensa aposta na reversão e, em nome do delírio de um nome centrista, acaba trabalhando no desespero para Bolsonaro.

Globo, Folha e Estadão são hoje os maiores aliados da extrema direita, só por causa do medo provocado por Lula.

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