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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

619 artigos

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Lula põe Biden em sinuca de bico na pandemia

Lula lançou desafio à humanidade ao propor governança global contra a pandemia; afinal, todos correm risco diante dela, mais, especialmente, os brasileiros, submetidos ao governo negacionista de Bolsonaro; o recado lulista, certamente, bate mais fundo em Joe Biden

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O cara pensou grande

Por isso, FHC morre de inveja dele; Lula lançou desafio à humanidade ao propor governança global contra a pandemia; afinal, todos correm risco diante dela, mais, especialmente, os brasileiros, submetidos ao governo negacionista de Bolsonaro; o recado lulista, certamente, bate mais fundo em Joe Biden, presidente americano, que fica em sinuca de bico; afinal, junto com sua vice, Kamala Harris, até agora não responderam ao apelo brasileiro do presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco(DEM-MG), para que os americanos liberem parte dos seus estoques de vacina para o Brasil, onde ela está faltando; governança global é cooperação global; o governo americano, ao não responder, mostra todo o individualismo egoísta de Tio Sam diante da desgraça dos outros; a carapuça, evidentemente, não entra na cabeça de Putin e de Jiping, líderes da Rússia e da China, que são chaves para colocarem em prática a ideia lulista; ao contrário de Biden, China e Rússia se dispuseram ao apelo brasileiro, prontas que estão para trabalharem, na ONU, na alternativa sugerida por Lula; Putin atendeu telefonema do negacionista Bolsonaro, para fornecer a vacina Sputinik; esta, até o momento, ainda não foi liberada pela Anvisa; a razão está oculta: Biden repete Trump, que  havia determinado a Bolsonaro não comprar a vacina russa, nem a da China; o império, com Bolsonaro, pau mandado dele, quer sufocar o Brasil sem vacina; Jiping, como Putin, mostrou-se cooperativo; aliou-se ao Instituto Butantan, inicialmente, em negociações com o governador de São Paulo, João Dória, para fabricar a Coronavac-Butanvac; já Putin, agora, atendendo apelo dramático do presidente brasileiro, depois de Lula defender relação entre ambos, em caráter de urgência, tenta evitar que a vaca vá para o brejo; ou seja, o protagonismo político global de Lula agilizou relações Brasil-China e Brasil-Rússia; seu passo seguinte, o de defender governança global, representa, portanto, xeque-mate em Biden; se o chefe da Casa Branca negar, automaticamente, a geopolítica brasileira estará dando passos decisivos rumo à Eurásia, novo horizonte econômico mundial impulsionado pelas decisivas relações China-Rússia, para desespero dos Estados Unidos; a diplomacia da vacina saiu do chão da ignorância bolsonarista, para migrar-se para clarividência e vivacidade política lulista.

Saída está na geopolítica

O presidente petista apontou o novo caminho: geopolítica; não serve mais ao Brasil a geopolíca americana egoísta individualista imperialista que destrói o interesse nacional: trabalhadores, burguesia e Estado; os capitalistas da produção, por exemplo, já enxergam o óbvio: o mercado para os seus produtos não estão na América, mas na Ásia, na China, que, junto com a Rússia e seus tentáculos energéticos sobre a Europa, lançam as bases da neo-geopolítica global; a ressurreição dos BRICs, em cuja criação Lula, como presidente do Brasil, desempenhou papel decisivo, é a alternativa desenvolvimentista para os setores dinâmicos da economia brasileira, a começar pelo agronegócio, bem como, também, todo o setor de infraestrutura; o desenvolvimento desta dependerá da nova geopolítica e não da antiga geopolítica, comandada por Washington e Wall Street; para Washington, dominado pelo mercado financeiro especulativo, o que interessa, relativamente, ao Brasil, é submetê-lo e mantê-lo ao ajuste fiscal tocado por Paulo Guedes; dessa forma, anula o potencial nacional, destruindo o Estado e empresas estatais, sem as quais não se consegue puxar a demanda global desenvolvimentista; o ajuste fiscal neoliberal imposto por Washington, a partir do golpe de 2016, tem uma prioridade absoluta: impedir a volta de Lula ao poder; nesse sentido, o agente americano em ação, nesse instante, para tentar impedir o retorno de Lula, é FHC; dia sim, dia não, ele entra na grande mídia, porta voz de Tio Sam, para palpitar quanto à inconveniência, para o império, de ter Lula como candidato; tudo, portanto, deve ser feito para impedir essa possibilidade; a democracia pode ser exercitada, no Brasil, desde que Lula não dispute eleição; as chances dele, na pandemia, se multiplicaram; e, nesse ritmo, continua se expandindo, ainda mais, agora, com essa ação geopolítica em favor de governança global contra a pandemia, que o lança na cena internacional de forma irresistível.

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Criação de fantasma assustador

A tarefa indigna da elite nacional, cujo vocalizador maior é FHC, cuida de criar fantasma do Lula radical, que botará fogo no país, se voltar ao poder, levando-o ao comunismo, aos dois maiores comunistas da atualidade, Jiping e Putin; o discurso reacionário das forças antilulistas não se sustenta: ironicamente, a quem recorre Bolsonaro, representante dessas forças, para tentar salvar o Brasil do colapso? Justamente pede socorro aos líderes da China e da Rússia, enquanto o chefe do mundo capitalista, Biden, não atende pedido de ajuda dele! Como, nesse contexto, Lula seria o inimigo radical, se é ele que se relaciona excepcionalmente bem tanto com Jiping como com Jiping? Ou seja, é aliado das forças que têm capacidade de criar as condições de tirar o Brasil do buraco econômico e financeiro em que está jogado pelos neoliberais de Washington!

Desespero conservador

Encontrar, hipoteticamente, o candidato de centro para isolar os radicais Bolsonaro, de um lado, e Lula, de outro, é a tarefa conservadora; quem seria capaz dessa façanha, se não dispuser de base social consistente para ganhar eleição? O PSDB de FHC não tem mais essa base, como demonstrou o resultado eleitoral de 2018; os tucanos não alcançaram sequer 1,5% do total de votos, no primeiro turno; virou um fantasma ambulante sem base política; o PMDB, idem, não consegue se reanimar sem potentes viagras, cloroquinas etc;  ambos, PMDB e PSDB, somente, estão vivos, mas de muletas, porque subiram na garupa do fascismo bolsonarista, do qual tentam, desesperadamente, desembarcar, depois do desastre em curso da pandemia e da recessão que Bolsonaro quer combater com auxílio emergencial de R$ 150; o denominado centro, que se afundou com o presidente negacionista, desespera-se por candidato minimamente viável; uma hora, apelam, para Huck; outra prá num sem quem; mais outra para fulano das couves; mais adiante pensam em Ciro, mas têm medo dele; e Ciro, também, fica imaginando fantasias irrealizáveis; apela para os santos, para que Lula desista, em nome de uma quimera chamada bom senso etc; a contradição Ciro se evidencia a cada momento quanto mais vislumbra apoio das forças conservadoras; estas, porém, estão, sem confessar, ainda, abertamente, não atrás de Ciro, mas de Lula; afinal, Ciro, para eliminar Lula, tenta ser de centro, mas se mostra um centro nervoso demais, quase explosivo, com suas teorizações inscritas em livro cujo conteúdo apavora a direita etc.

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A força das idéias

O desespero conservador aumenta quanto mais Lula ousa, seja contra o neoliberalismo economicida de Paulo Guedes, contrapropondo auxílio emergencial de R$ 600, no lugar da merreca de R$ 150, e a outra, igualmente, ousada, de pregar emissão monetária de R$ 500 bilhões – prá começar – a fim de puxar as atividades produtivas, atoladas no brejo do teto de gastos, que, há quase cinco anos, mantém a economia em recessão, desemprego e fome; metade do Brasil passa fome e a outra metade não pode crescer, porque, com fome, inexiste mercado consumidor, investimento, emprego, renda, arrecadação e investimento; e, para culminar o desespero conservador, tem, agora, essa MEGA IDÉIA lulista de defesa de governança global para enfrentar o novo coronavírus; ela bate fundo na consciência universal, justamente, porque é lançada por quem tem base social segura e vislumbra e defende o bem estar do outro, sem, antes, pensar no seu próprio. Nesse sentido, Lula coloca o presidente americano e as elites tupiniquins na sinuca de bico.

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