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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

629 artigos

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Lula repete Cristina Kirchner

Assim como Cristina Kirchner, cercada pelos juízes neoliberais de Macri, apresentou a candidatura do peronista Alberto Fernandez, descartando sua candidatura própria, o mesmo faz Lula, dando um drible, como Cristina deu, nos seus adversários. Certamente, o ex-presidente poderá, como Kirchner, candidatar-se ao Senado. Por que não?

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Petismo Peronista?

O lulismo segue o movimento do peronismo. O ex-presidente, Lula, desarma seus algozes, que preparam a armadilha, novamente, para impedi-lo de concorrer em 2022, e joga no cenário da eleição com o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad. Despista as atenções gerais. Mandou o ex-ministro colocar seu bloco na rua, ou seja, o bloco Lula travestido de Fernando Haddad. Assim como Cristina Kirchner, cercada pelos juízes neoliberais de Macri, apresentou a candidatura do peronista Alberto Fernandez, descartando sua candidatura própria, o mesmo faz Lula, dando um drible, como Cristina deu, nos seus adversários. Certamente, o ex-presidente poderá, como Kirchner, candidatar-se ao Senado. Por que não?

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A história argentina se repetiria no Brasil? O fato é que a conjuntura neoliberal golpista que destruiu governo Dilma, em 2016, e impediu Lula de candidatar-se, em 2018, serviu de alerta para evitar erros petistas na sucessão de 2022, insistindo com Lula, condenado pela Lei da Ficha Limpa, pelas armações da Operação Lava Jato. Os golpistas estava com a boca aberta para pegar Lula, novamente, mas eis que ele salta de lado e arma outro jogo. Não bem seus advogados demonstram a sacanagem conspiratória contra ele feita pelo ex-juiz e ex-ministro Moro, junto com procuradores da pior espécie, como Dallagnol, e já surgem poréns pelo meio do caminho. Dizem que ele escapa da condenação, relativamente, ao triplex do Guarujá, pois não foi encontrada nenhuma prova concreta que o incrimine, mas se deixa no ar a possibilidade de que ocorra seu impedimento pela sua participação em negociata que se teria envolvido em compra – também, não comprovada – do sítio de  Atibaia. Escapa de uma armadilha, mas cai em outra. Como sabe que as artimanhas jurídicas poderão enrolá-lo num novelo interminável e complicado, ele pula fora e arma o seu jogo. Agiu como um atacante do Corinthians, seu time de coração, para tentar fazer gol de placa.

Manobra Certeira?

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O mundo político tupiniquim cai de queixo no chão estarrecido. Não esperava preparado para essa manobra tão rápida e rasteira, à lá peronista Cristina. Essa bola já vinha sendo cantada faz algum tempo, mas não se pensava que fosse acionada tão rapidamente. Desde já, portanto, está aberta a possibilidade de Lula, mesmo, não sendo candidato, ter condições de circular o país como se fosse. Na verdade, com esse armação, o ex-presidente estará livre, leve e solto para circular pelo país, desde já, sem ser candidato, mas sendo operacionalmente o comandante da candidatura de oposição. Evidentemente, Guilherme Boulos, do PSOL, foi pego de surpresa. Mas, fazer o que? Esperava que Lula deixasse de ser o que é, ou seja, um sábio político articulador histórico do PT? Não cabe na cabeça de ninguém, pelo menos, parece, também, na de Boulos, que o PT não venha ter seu candidato no primeiro turno de 2022, para disputar o cargo presidencial. Seria absurda essa hipótese, sabendo que o Partido dos Trabalhadores tem mais de 1 milhão de associados e mais de 50 milhões de eleitores. Está, em qualquer disputa que for feita, no país, no segundo turno eleitoral, com tranquilidade. Isso não inviabilizará, de jeito nenhum, a candidatura Boulos.

Ademais, Lula sentiu que pode contar muito pouco com o partido de Boulos, como acaba de acontecer na eleição para presidência da Câmara. Nessa oportunidade, em que os ânimos políticos da esquerda se exacerbaram para a tentativa inútil de formação de uma frente ampla ou, mesmo, frente de esquerda, sem chegar a qualquer operação política concreta e objetiva, dado que o próprio PSOL furou a bolha com a candidatura Erundina. Na prática, Boulos, Freixo e cia ltda pesolista deram uma de Ciro Gomes, na eleição de 2018. No momento em que se esperava o apoio de Ciro a Haddad, no segundo turno, ele pulou fora e foi para Paris. No caso, agora, o PSOL sequer esperou segundo turno, para tentar uma polarização mais emocionante. Esvaziou a candidatura na qual a esquerda – PT e aliados – se embrenhou, com Baleia Rossi, e levou a oposição à bancarrota desmoralizante. Ela ficou com a brocha na mão sem escada. Somente o PT e aliados ficaram com a armação traçada por Rodrigo Maia, via candidatura de Baleia, já que os próprios aliados fieis de Rodrigo e Baleia, os democratas os deixaram, apenas, com os esquerdistas, desmoralizando-os.

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Futuro Senador?

Lula, possível candidato ao Senado, como Cristina Kirchner, dessa lição, tirou, certamente, a conclusão de que, relativamente, à candidatura de esquerda, para 2022, a fim de vencer Bolsonaro, num tira-teima, não poderia contar com uma frente logo no primeiro turno. Afinal, o PSOL furou o esquema dessa vez. Não furaria, novamente, em futuro próximo? O fato é que Lula deu sua tacada de mestre e arma jogo com Haddad, frustrado o próprio Bolsonaro, que, segundo os bolsonaristas, tinha por meta o tete-a-tete com o ex-presidente, na próxima disputa presidencial. Lula mata três  coelhos numa só cajadada. 1 – Destrói Moro e Dallagnol, deixando-os desmoralizados, diante das provas que os incriminam, por terem tramado contra ele, impedindo sua candidatura em 2018. 2 – Obriga, por sua vez, que o STF se manque e coloque em julgamento a suspeição de Moro, que vem enrolando há tempos e, por fim, 3 – Mata de raiva os bolsonaristas, que não terão chance de enfrentá-lo, talvez, usando as artimanhas de fraudes eleitorais, já que Bolsonaro pode ter se beneficiado delas para chegar ao Planalto, no contexto do jogo eleitoral no qual vigora o voto não-impresso bancado pelo TSE, que elege ou derrota quem quiser, com o obscurantismo que afere esse mecanismo denunciado e provado historicamente por Leonel Brizola.

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