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Túlio Ribeiro

Economista, pós-graduado em História Contemporânea, mestre em História social e doutorando em Desenvolvimento Estratégico pela UBV de Caracas. Autor do livro A Política de Estado sobre os recursos do petróleo, o caso venezuelano (2016). Autor participante do livro A Integração da América latina: A História, Economia e Direito (2013)

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Macri é responsável pelas mortes no San Juan e acha que a América é europeia

Macri se apresenta como um mercador de negócios, mas a nação não é uma sociedade anônima, é um projeto de desenvolvimento para seu povo, que não deve ser o europeu

Macri se apresenta como um mercador de negócios, mas a nação não é uma sociedade anônima, é um projeto de desenvolvimento para seu povo, que não deve ser o europeu (Foto: Túlio Ribeiro)
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O governo de Mauricio Macri é o responsável pelas 44 mortes da tripulação do submarino ARA San Juan em novembro de 2017.

As investigações ordenadas pela justiça federal da cidade de Caleta Olívia concluiu, segundo a encarregada Marta Vañez, que havia "falhas na estrutura" da embarcação ainda na inspeção de meia-vida. A auditoria da marinha, feita em setembro passado atestou o estado de inavegabilidade. Dentre irregularidades, estavam espiradas a validade dos salva-vidas e dos explosivos.

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Infelizmente a irresponsabilidade da gestão de Macri não se limitou a estas falhas. A insensatez da redução de custos levou o governo esquecer a determinação de recolher a embarcação a cada 18 meses. Em setembro, o San Juan completou 39 meses de atividade ininterrupta. Existe informação que antes da viagem fatal,houve um pequena implosão, e que o submarino só foi salvo por navegar pela superfície até um porto mais próximo.

O contraditório deste presidente é que em nome do orçamento eficiente, abandonar vidas e inviabilizar um futuro para Argentina. Depois de realizar uma renegociação exitosa da dívida externa com deságio no governos Kirchner, Macri decidiu pagar os especuladores estadunidenses com sobre preço nos "títulos abutres" comprados no mercado com valores aviltados. A administração atual, pagou este patamar elevado sacando das reservas argentinas.

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Reduzir o orçamento do Estado, retirar direitos trabalhistas e de aposentadoria, para em outro sentido pagar aos rentistas com ágio é uma lógica invertida de um projeto nacional. Abandonar as demandas de sua população, para suprir os objetivos de países centrais da economia mundial, e por fim suprir os credores mesmo que custe vidas seus pares com supressão de garantias básicas, demonstram seu despropósito de objetivo.

Aliás, é de difícil explicação a leitura da História por Mauricio Macri. Em sua estada no Fórum Mundial de Davos na Suíça(27/1) ele proferiu uma grande falácia:

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"Eu creio que associação entre o Mercosul e União Europeia é natural porque na América do Sul todos somos descendentes de europeus."

Esquecer os povos originários do continente, apenas para apresentar uma falsa naturalidade de integração que mais se assemelha com neo-colonialismo é ineficiente, além de desprover do sentido de estadista.

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Não se pode ocultar os povos originários como os Incas, Guaranis,Mapuches,Wayúu,Quechua ou Aimarás, dentre outros. Etnias que sofreram violência, repressão e massacres. Somente a Argentina possui 18 comunidades indígenas , sem esquecer os migrantes africanos que são igualmente importantes na formação de toda América.

Macri ao assassinar a história, não se sente responsável pelo presente e abdica do futuro para Argentina. Negligenciar vidas, relativar direitos e soberanias como Malvinas, Patagônia e de seus mares, somente leva uma atitude de subserviência. Macri se apresenta como um mercador de negócios, mas a nação não é uma sociedade anônima, é um projeto de desenvolvimento para seu povo, que não deve ser o europeu.

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