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Lelê Teles

Jornalista, publicitário e roteirista

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Madame Monteiro e o mito que micou

Valéria Monteiro, ex-apresentadora do Jornal Nacional, é pré-candidata a presidência da república. Ex-coelhinha da playboy, ela gravou um teaser e compara o parasita do estado, o criador do Bolsofamília, a adolf hitler. Monteiro chegou um pouco atrasada para essa refrega. Jair Bolsonaro já é uma carta fora do baralho. O mito virou um mico

Valéria Monteiro, ex-apresentadora do Jornal Nacional, é pré-candidata a presidência da república. Ex-coelhinha da playboy, ela gravou um teaser e compara o parasita do estado, o criador do Bolsofamília, a adolf hitler. Monteiro chegou um pouco atrasada para essa refrega. Jair Bolsonaro já é uma carta fora do baralho. O mito virou um mico (Foto: Lelê Teles)
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Valéria Monteiro (quem?), ex-apresentadora do Jornal Nacional e do Fantástico, é pré-candidata a presidência da república; veja que curioso.

A ex-bailarina, e ex-coelhinha da playboy, gravou um teaser, anunciando sua pré-candidatura, emoldurada por um penhasco de rochedos.

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Só o diabo sabe o por quê?

No vídeo, ela compara o parasita do estado, o criador do Bolsofamília, a adolf hitler (menas, dona Valéria, menas!) e o chama para o debate: "marque local e data."

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Com uma expressão teatral indignada, Valéria desafiou o ex-milico, como se o convidasse para o pugilato ou para um duelo de espadas.

"O seu discurso de ódio, Bolsonaro, faz as pessoas brigarem...", disse ela, com a cara de quem quer briga.

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A madame já ventila por aí que há partidos namorando-a.

Sei não.

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Monteiro chegou um pouco atrasada para essa refrega, Jair já é uma carta fora do baralho.

O mito virou um mico.

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Jair é um parlamentar que sempre frequentou o baixo clero, inapto e inepto, passou quase 30 anos nababescamente na vida pública sem nunca ter apresentado um projeto relevante.

E ainda meteu os filhos na política e encheu os bolsos, dele e da família, com a grana do estado.

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Por um tempo, Jair foi um personagem útil, escalado pela midiazona para achincalhar Lula, criar o fantasma antipetê e antiesquerda, disseminar o ódio, arregimentar os analfabetos políticos e criar um batalhão de midiotas a zumbizarem fake news rede afora.

Mas o prazo venceu, aproxima-se o período das conversas sobre candidaturas e coligações e é chegada a hora de mandar esse cadáver insepulto para o seu devido lugar: a lata de lixo da história.

A mesma midiazona que lhe deu ampla cobertura quando ele xingava as mulheres, os homossexuais e o Lula, agora atira-o aos cães.

Quando era útil, ele podia até fazer gracinhas falando abertamente sobre estuprar uma colega de parlamento.

Como havia caído nas graças da midiazona, o judiciário fazia vistas grossas às suas grosserias.

Os jornais, agora, passam a ventilar tudo o que sempre se soube deste personagem vulgar da política brasileira:

Outro dia foi a denúncia sobre o irmão, Renato Bolsonaro, funcionário fantasma lotado na assembleia legislativa de São Paulo, onde ganhava 17 mil lascas para ficar em casa.

Boo.

Já o Globo diz que o criador do Bolsofamília, além de meter os filhos na política, ainda empregou a ex-mulher, o ex-cunhado e o ex-sogro.

Ele já havia dito em plenário que empregara o filho também em seu gabinete.

Essa semana, a Folha fala sobre o patrimônio milionário da família, todo adquirido fora da iniciativa privada.

Será assim daqui pra frente. vão triturá-lo.

Virão outras denúncias, sonegação de impostos (que ela já firmou que sonega mesmo), doações suspeitas para campanhas, nome na lista de Furnas etc.

Vão desmoralizá-lo.

Até que ele caia para terceira ou quarta posição nas pesquisas eleitorais e não chegue mais a incomodar ninguém com suas maluquices.

Pode ser aí que entre a nossa inesperada Valéria Monteiro.

Ela pode ser útil durante esse período de desconstrução do mito que micou.

Ela pode ser para Bolsonaro o que ele foi pra Lula.

Esperta, ela já começa o vídeo criticando o discurso de ódio do analfabeto político.

Ora, TucanoHuck prega a paz e a reconciliação; ela pode servir de linha auxiliar.

Depois, você sabe, é fazer com ela o mesmo que se fez com o mito: atirar aos cães.

E ela sabe disso.

Outro dia, madame Monteiro inundava o seu teclado de lágrimas desabafando no Facebook.

Chorava porque a Globo não a convidara para a festa de 50 anos.

É que houve uma mesa redonda com "todos" os apresentadores que passaram pela bancada do jornal nacional e, veja que crueldade, Monteiro foi a primeira apresentadora do noticioso e ninguém se lembrou de mandar um convite a ela.

A Globo também não se lembrou de Cláudia Cruz, a esposa zoiúda de Eduardo Cunha.

A midizona se lembra e se esquece de quem lhe é conveniente e durante o período que convém, depois mandam os cães triturarem os ossos do infeliz.

Heloisa Helena já foi capa de revistonas enquanto xingava Lula, depois deram uma chupeta pra ela e esqueceram que ela existe.

Cristóvão Buarque também já foi um inocente útil. hoje se defende sozinho no twitter das besterias que fez para agradar os barões da mídia.

Marina Silva igualmente já brilhou na midizona.

Como já brilharam o Pequeno Kim, o nanico Constantino, o anão do Revoltados Online, o escroque Cunha, o guloso Geddel...

Tudo descartável, todos descartados.

Quem não se lembra de Joaquim Barbosa?

Nunca um homem negro ganhou tanto destaque na midiazona.

Empregaram até o filho dele no programa do Luciano Huck; o cabra chegou a ser capa da revistaveja como o menino pobre que mudou o Brasil.

À época, sua utilidade era sacanear o petê no mensalão, usar frases de efeito e arroubos autoritários e moralistas para achincalhar os adversários da midizona.

Hoje, cadê Barbosa?

Ninguém sabe, ninguém viu.

Pode ser que Valéria e aquele penhasco às suas costas tenham os seus 15 minutos de infâmia.

O jornal nacional pode se lembrar dela agora, enquanto terá alguma utilidade.

Depois?

Bem, depois vem o TucanoHuck ou Alckmin e roubam a cena.

Palavra da salvação.

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