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Chico Vigilante

Deputado distrital e presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Legislativa do DF

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Mais um holofote aceso pela direita

A decisão pessoal de uma cubana, médica ou não, de tentar sair de seu país não é problema nosso. Ela tem o direito de tentar, mas não por meio de estratagemas que envolvam o governo brasileiro. O Democratas deveria se envergonhar de participar deste jogo

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A direita deixa as claras, mais uma vez, seu plano arquitetado para tentar desacreditar os governos petistas. Não satisfeita com o insucesso da campanha contra o programa Mais Médicos, feito ano passado com o apoio do Conselho Federal de Medicina, volta agora seus holofotes para o caso da médica cubana, Ramona, Matos Rodriguez, que “buscou” a liderança do Democratas na Câmara dos Deputados e lá se encontra refugiada.

Com a ajuda da imprensa, o ex-líder da UDR, conhecido no Brasil por sua atuação histórica contra a reforma agrária e contra o projeto em tramitação  no Congresso  pelo fim do trabalho escravo  nas áreas rurais, quer parecer agora o grande defensor dos médicos cubanos, segundo ele, explorados pelo governo cubano  com a ajuda do Brasil.

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Médicos cubanos trabalham atualmente em vários continentes do mundo, África, Ásia e América Latina e em países como Venezuela, Bolívia, Equador, Haiti, numa verdadeira demonstração de solidariedade humana. 

É um verdadeiro desrespeito à inteligência do cidadão tentar utilizar um caso isolado de uma cidadã cubana - que já pretendia deixar o país para viver nos EUA e veio para o Brasil como parte desta estratégia - para fazer um estardalhaço contra o Mais Médicos como um todo.
 
Em sete meses, dentro do universo de mais de 6.600 participantes em todo o Brasil, foram  102 os casos de médicos desistentes, entre brasileiros e estrangeiros e até o momento, todos os estrangeiros desligados do Mais Médicos retornaram aos seus países.
 
Dos médicos cubanos, que hoje somam 5.378 profissionais, 22 foram desligados.  A maior parte deles (17)  alegaram problemas de saúde ou pessoais. Os desistentes representam 0,1% do total de médicos cubanos que vieram ao país. Os outros 99,9% continuam em atividade, atendendo a população brasileira.

A farsa armada pelo Democratas da “descoberta” de detalhes contratuais desconhecidos da contratação da doutora não cola. Na verdade, o contrato para atuação de médicos cubanos no Mais Médicos é realizado entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde, a Opas, braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) na América Latina. 

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A Opas é uma instituição com mais de 110 anos de existência e reconhecimento mundial. O modelo de cooperação firmado por meio da OPAS é semelhante ao modelo aplicado em mais de 60 países que mantém convênio com Cuba. Entre eles, estão países como Portugal, Itália e França. Pelo acordo de cooperação, a OPAS é responsável pela interlocução com o governo cubano e este, responsável pelo repasse do valor aos profissionais.
 
O resumo da ópera e que ninguém pode negar é um só: a atuação desses médicos, concentrados no Norte e Nordeste e nas regiões mais carentes e vulneráveis do país, impacta na assistência de 23 milhões de brasileiros. É o maior Programa de provimento de médicos já realizado no Brasil. E com certeza, a população dos municípios assistidos admiram e agradecem a presença deles. 

A  cada dia que passa a direita e os defensores da burguesia brasileira estão cada vez mais desesperados porque nenhuma de suas previsões negras para o país se concretizou e a partir dai o que vislumbram e uma terrível dificuldade de venceram as próximas eleições.

Para citar apenas poucos exemplos, a poupança bate recorde de captação (R$ 71 bi); a indústria automobilística cresce 9,9%; o índice de desemprego é o menor em toda a historia, 4,6%; a inflação está dentro das metas; e Dilma lidera as pesquisas de intenção de voto. 

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Quando presidente da CUT DF, em 1984, tive a feliz oportunidade de visitar Cuba. Senti um mal estar e fui prontamente atendido por um médico do posto de saúde do hotel. Tive uma excelente consulta, que nada me custou apesar de estrangeiro, e saí do consultório dele já com o medicamento para tomar nas mãos.
 
À época o que mais me impressionou foi o que me disse o médico cubano na conversa que teve comigo. Aqui temos os mesmos equipamentos médicos que existem no Brasil, com apenas uma diferença: lá só são atendidos com equipamentos de ponta os ricos, aqui atendemos a todos sem excessão.
 
O Brasil de hoje é outro e o povo brasileiro conhece a realidade. Quantos brasileiros não morreram tentando entrar nos EUA, via México, por meio dos coyotes, quando aqui não viam esperança no futuro e o desemprego fazia parte de suas vidas ?
 
A decisão pessoal de uma cubana, médica ou não, de tentar sair de seu país não é problema nosso. Ela tem o direito de tentar, mas não por meio de estratagemas que envolvam o governo brasileiro. O Democratas deveria se envergonhar de participar deste jogo, mas sim  tentar mostrar ao país quais são suas propostas concretas para o desenvolvimento do Brasil.

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