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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Make Russia great again

O fato é que Trump era o preferido de Putin apesar de à primeira vista parecer mais agressivo que Obama e ameaçar "make America great again", o que pode atrapalhar os planos russos de recuperar o tempo perdido desde 1991, quando Gorbatchev cometeu a insanidade de dividir a União Soviética em várias pequenas repúblicas, com exceção da Rússia

Vladimir Putin  (Foto: Alex Solnik)
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É impossível saber com certeza se Putin ajudou Trump a vencer as eleições americanas ou se a reação de Obama, expulsando 35 russos do país acusados de interferir no resultado eleitoral, foi choro de mau perdedor.

Mas o fato é que Trump era o preferido de Putin apesar de à primeira vista parecer mais agressivo que Obama e ameaçar "make America great again", o que pode atrapalhar os planos russos de recuperar o tempo perdido desde 1991, quando Gorbatchev cometeu a insanidade de dividir a União Soviética em várias pequenas repúblicas, com exceção da Rússia.

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O fatiamento do império russo esfacelou a economia e mergulhou a ex-URSS no caos social e político do qual só emergiu quando Putin chegou pela primeira vez ao poder.

Conhecedor profundo dos pontos fortes e fracos da América desde seus tempos de KGB, Putin percebeu durante a campanha americana que a vitória de Hillary seria uma continuação, ipsis literis, do governo Obama, na política externa, sempre disposto a aumentar sua influência nos países próximos à Rússia e sem potencial de trazer instabilidade internamente.

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Em contrapartida, Trump, com suas propostas radicais e seu temperamento explosivo, já demonstrava possuir todas as condições para dividir a América em duas: a América pro Trump e a América contra Trump. E um país dividido tende a se enfraquecer obrigatoriamente – e o exemplo mais claro é o do Brasil que de dois anos para cá dividiu-se entre "nós" e "eles" com as consequências que todos conhecemos.

Putin também observou que Trump deverá consumir mais energia com as polêmicas questões internas, como a desmontagem do Obamacare, o desemprego crescente provocado pela internacionalização da indústria americana, a expulsão de imigrantes ilegais e a construção do muro com o México do que com as questões externas, favorecendo a ascensão de Putin ao posto de estadista número 1 do mundo.

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Outro fator que ajudou Putin a se decidir por Trump é que o magnata pode entender de fazer dinheiro e de construir as torres mais altas do mundo, mas não entende patavina de política internacional, área em que deverá levar um baile de Putin até se familiarizar com as complexas questões envolvidas.

A guerra fria entre América e Rússia, que nunca se extinguiu, não se baseia mais nos arsenais nucleares das duas maiores potências mundiais e, sim, na capacidade de um país interferir nos rumos do outro ao invadir suas redes de informática, a chamada cyberwar, questão em que os russos estão bastante avançados, como o próprio Obama reconheceu.

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Não se deve subestimar, ademais, a inestimável colaboração que Edward Snowden presta ao Kremlin em troca do asilo político que evita a sua provável condenação à pena máxima pela Justiça americana.

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