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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Mandetta já deitou na frigideira, falta ligar o fogo

"Se o presidente estivesse mesmo com essa bola toda que finge ter, se estivesse mesmo no controle da situação, já teria ligado o fogo. Mas ele só colocou o ministro na frigideira", escreve o jornalista Alex Solnik

Luiz Henrique Mandetta e Jair Bolsonaro (Foto: Isac Nóbrega/PR)
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Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia 

Dá impressão que o que Bolsonaro mais gosta de fazer na vida, além de aterrorizar pessoas e criar inimigos é demitir a torto e a direito e quanto mais alto o cargo do demitido, melhor.

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Pode ser trauma por ter sido chutado para fora do Exército, onde era chamado de “Cavalão”, ainda no início da carreira militar, mas essa questão cabe aos psicanalistas, não a mim.

Pode ser, também, uma tentativa de macaquear seu maior ídolo, Donald Trump, que passou anos repetindo o jargão “você está demitido”! no insuportável e tenebroso programa “O Aprendiz”.

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O alvo da vez é Luiz Henrique Mandetta.

O prato mais pedido atualmente no delivery do restaurante do Palácio do Planalto é “Fritura de Mandetta à moda da casa”.

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A frase de Bolsonaro à rádio Jovem Pan - que não ia demitir o ministro “agora” – pode ser traduzida por: “vou demitir, mas não vou demitir agora”. Ou seja: Mandetta estará fora, mais cedo ou mais tarde. Um recado direto: demita-se já se não quiser ser demitido mais pra frente.

E o Mandetta, com aquela expressão de coroinha cansado, assimilou o coice com muita resiliência, e concordou, portanto, em se deitar na frigideira do Planalto.

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Se o presidente estivesse mesmo com essa bola toda que finge ter, se estivesse mesmo no controle da situação, já teria ligado o fogo. Mas ele só colocou o ministro na frigideira.  

Bolsonaro também não tem votos nem no Congresso nem no STF para aprovar seu decreto anti-quarentena, a sua mais recente ameaça; mas, em compensação, nem o STF nem o Congresso têm instrumentos para obrigá-lo a abrir os cofres da União e garantir a continuação do fechamento do país, como querem os governadores.

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Nessas horas vale a pena olhar para o que acontece na Rússia: Putin fechou o país por 30 dias, quarentena total até o final de abril, mas proibiu demissões e diminuição de salários.

Fez a coisa certa.

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