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Alex Solnik

Alex Solnik, jornalista, é autor de "O dia em que conheci Brilhante Ustra" (Geração Editorial)

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Marca dos 100 mil prova: Bolsonaro é placebo ou letal

"Se há 88 dias a cloroquina é administrada como política de governo em todo o país e os óbitos em vez de diminuírem aumentaram exponencialmente, é sensato concluir que o medicamento não funciona", analisa Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia

Jair Bolsonaro toma cloroquina (Foto: Reprodução | Reuters)

Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia

No dia 20 de maio deste ano, cinco dias depois da demissão de Nelson Teich do ministério da Saúde, por se negar a cumprir ordem de Bolsonaro sobre uso de cloroquina em casos leves de covid-19, o ministro interino, general Eduardo Pazzuelo mudou o protocolo válido até então e autorizou a cloroquina para casos leves no SUS, o que Teich havia rejeitado. Para casos graves já havia autorização.

Nesse dia, 888 brasileiros haviam morrido vítimas da pandemia.

Passados 88 dias, os mortos sobem a mais de 100 mil.

Se há 88 dias a cloroquina é administrada como política de governo em todo o país e os óbitos em vez de diminuírem aumentaram exponencialmente, é sensato concluir que o medicamento não funciona para esse fim.

Ou não faz efeito nenhum ou é o responsável pelas mortes.

Ou é placebo ou é letal.

Como o ministro da Saúde é interino (sem autonomia, portanto, para tomar decisões), o responsável por essa política é o “doutor” Bolsonaro.

De duas uma: Bolsonaro é placebo ou é letal.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.