Merlino assassinado
Parte do livro “Lamarca, Herzog e outros Heróis”. Segunda parte do capítulo dedicado a Luiz Eduardo Merlino. Editora Scortecci, 1998. Reedição pela Editora FiloCzar
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Chicote do Pessoa
Merlino assassinado
Por José Pessoa de Araújo
Leia a parte 1 aqui.
No dia quinze de julho
Lá na cidade de Santos
Não casa de sua mãe
Que derramou muito pranto
Merlino foi algemado
Causando muito espanto
Contra o jovem Merlino
Não constava acusação
Mas de maneira estúpida
Foi preso como um ladrão
Assim agia o regime
Da dita revolução
Para a sede da OBAN
Que era na rua Tutóia
Merlino foi conduzido
No meio dessa tramóia
O moço foi torturado
Pelo agente "Jibóia"
Preso numa "solitária"
Merlino apanhou demais
Naquela maldita cela
No tempo dos generais
Quem escapasse com vida
Não esquecia jamais
Depois de ser torturado
Foi jogado ao relento
Os algozes com certeza
Não tinham sentimento
Merlino muito ferido
Não lhe deram atendimento
Complicação circulatória
Depois de ser torturado
Merlino não resistiu
Forjaram um atestado
Dizendo que um caminhão
O havia atropelado
Dona Iracema e seu Zeno
Pais do jovem assassinado
Não esqueceram jamais
O seu filho tão amado
Se vivem também não sei
Não pude ser informado
Eu não sou nenhum juiz
Para fazer julgamento
Mas o regime opressor
Causou muito sofrimento
Muitos inocentes morreram
Naquele tempo sangrento
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