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Davis Sena Filho

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Merval é a mentira como jornalismo e a má-fé intelectual como princípio político e de vida

"Trata-se de um absurdo, principalmente quando se compara Lula a Bolsonaro", escreve Davis Sena Filho

Merval Pereira (Foto: Reprodução/ABL)
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Por Davis Sena Filho

Disse Merval Pereira em sua coluna no O Globo: "Se existisse a possibilidade de surgir um candidato alternativo que unisse a centro-direita contra Lula e Bolsonaro, talvez ele pudesse chegar ao segundo turno. Mas não existe nenhum Macron no mercado político brasileiro que afaste do segundo turno um dos polos extremos do nosso espectro, e não por falta de eleitores. Por falta de interesse dos políticos".

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E continua Merval Pereira, a preparar o terreno infértil, a fim de apoiar Jair Bolsonaro, chefe do pior desgoverno da história da República: "Hoje, há um antibolsonarismo talvez mais forte que o antipetismo, amenizado diante da tragédia que Bolsonaro representa para o país" — afirma Merval em um insincero e anêmico mea-culpa, para imediatamente utilizar palavras que demonstram a adesão dele e dos Marinho ao presidente fascista que está no poder, abaixo e a seguir:

"Mas o antipetismo está sendo reativado com força nas redes sociais. A cada momento em que Lula defende o aborto sem contextualizações ou orienta seus seguidores a 'esculachar' os políticos em suas residências, como seus radicais fizeram em 2018 na casa da ministra do STF Cármen Lúcia em Belo Horizonte, para pressioná-la a colocar na pauta do STF a discussão sobre sua prisão, mais ajuda o trabalho de Bolsonaro. Lula fortalece os que votaram numa suposta economia liberal de Guedes quando fala em fim do teto de gastos, critica as privatizações ou a reforma trabalhista" — conclui o jornalista dos Marinho de direita e frustrado com a farsa e o fracasso que é a tal de terceira via.

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Comentemos, pois, as palavras para lá de levianas e farsescas de Merval Pereira:

Antes de começar o artigo quero chamar a atenção para a maledicência, a mentira e a distorção sobre quem Lula é e o que o líder de esquerda fala e pretende.

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{...} "A cada momento em que Lula defende o aborto sem contextualizações ou orienta seus seguidores a 'esculachar' os políticos em suas residências, como seus radicais fizeram em 2018 na casa da ministra do STF Cármen Lúcia em Belo Horizonte, para pressioná-la a colocar na pauta do STF a discussão sobre sua prisão" {...}

É inacreditável a má-fé intelectual e a malevolência desse sujeito que se vale de uma tribuna jornalística poderosa para fazer afirmações irreais, maledicentes e totalmente mentirosas e dissociadas da realidade de Lula, porque todo mundo sabe, o povo, as autoridades brasileiras e estrangeiras que o Lula jamais foi radical, mesmo quando presidente de sindicato.

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Luz Inácio Lula da Silva foi preso duas vezes na história por servidores públicos militantes políticos, que se valeram criminosamente de seus cargos pagos pelo contribuintes para fazer a má política e combater aquele que interpela e questiona o poder estabelecido (establishment). O político que a poderosa direita colonial considerou e ainda considera como inimigo a ser combatido à margem da democracia e do estado de direito.  

Dito isso, trata-se de um absurdo, principalmente quando se compara Lula a Bolsonaro, um mandatário ultrarradical de direita, que a famiglia Marinho e jornalistas do naipe de Merval Pereira ajudaram-no a assumir o poder central. Merval debocha da sociedade e ultraja a inteligência alheia. Lula é homem de diálogo, reconhecidamente humanista e dedicado há décadas a melhorar as condições de vida do povo brasileiro. Merval, portanto, é patético! Vergonhosamente mentiroso. Tal jornalista, por sua vez, é um dos principais autores do verdadeiro, autêntico e genuíno jornalismo de esgoto.

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Merval Pereira, o porta-voz lavajatista dos interesses inconfessos dos Marinho, tornou-se um indivíduo indefinido e ambivalente, que ocupa o espaço em meio às sombras, a vaguear como uma alma deprimida por causa das realidades que se apresentam, o que o leva ao mau pensamento ao escrever, principalmente quando se trata de distorcer a realidade e a insultar a inteligência alheia, quando ele decide violar a verdade com suas mentiras de propósitos políticos e econômicos, que hipoteticamente iriam ao encontro dos interesses do establishment que ele representa como porta-voz.

O jornalista de O Globo evidencia todo esse processo perverso. Primeiramente, com meias-verdades, mas jamais direciona seu pensamento deturpado e distorcido em uma linha reta para facilitar o entendimento por parte de quem o lê ou o ouve, porque o Merval sabe que para defender o indefensável e ponderar o imponderável é necessário tergiversar e caminhar por veredas tortuosas para não ir direto ao assunto, que é relativo ao seu apoio e de seus patrões ao fascista e militarista Jair Bolsonaro, de forma a compará-lo, surrealisticamente, em texto publicado em sua coluna com o democrata e moderado Lula, ao afirmar, burlescamente, que os dois atuam nos extremos da política.

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Merval, despido de qualquer pudor, mente para fomentar a falácia e a manipulação das realidades fáticas da política brasileira ao combater Lula, político intelectualmente muito acima da média em relação aos políticos "doutores" admirados ou não pelo jornalista apoiador de golpes de estado. Lula compreendeu, e isso incomoda Merval e seus patrões, as peculiaridades partidárias, ideológicas e eleitorais, que acontecem nas diferentes regiões do País, com seus interesses partidários e de classe social como molas mestras dos destinos políticos em formas de alianças, a fim de amealhar apoios com o propósito de estruturar uma governança ao menos razoável e prática no sentido de ter maioria no Congresso Nacional, de maneira a estabelecer também os caminhos para aprovar projetos e programas para poder minimamente governar.

Lula, como Getúlio Vargas, tem a perfeita noção e compreensão do mundo em que vive e que por isso tem de sobreviver politicamente e como cidadão. Lula é sobrevivente brasileiro e nordestino desde que nasceu, a enfrentar graves agruras neste País desigual e injusto. E o Merval sabe disso e por causa disso combate por meio de conspirações e mentiras o maior político do País nos últimos 44 anos, a partir de 1978 quando Lula apareceu nacionalmente. Para o pequeno burguês do Globo é por demais provocador e inaceitável às pessoas elitistas e sectárias, a exemplo de Merval Pereira, aceitar um político da grandeza de Lula e tudo o que ele representa para o povo brasileiro.

Certamente que Merval Pereira tem toda essa compreensão, pois de inocente e ingênuo tal indivíduo que aluga sua pena para expor e defender os interesses de uma das mais poderosas famiglias da alta burguesia brasileira e responsável direta pelo subdesenvolvimento brasileiro, pois sempre a favor de defender dentro do Brasil os interesses de dominação e exploração da plutocracia internacional, tem de obrigatoriamente saber para que e a quem serve seus textos dignos de uma patuleia reacionária e de classe média que ainda o lê e o aplaude.

Não à toa o Grupo Globo onde trabalha há décadas Merval Pereira sempre combateu a Petrobras e qualquer empresa pública de porte e poder que pertença ao estado brasileiro, pois sabedores que se desfazer do patrimônio público a preço de banana é a melhor estratégia para enfraquecer qualquer governo, principalmente os de esquerda que ficam seus os instrumentos e ferramentas para atender às demandas da população, assim como deixar a sociedade civil e os trabalhadores de joelhos, a aceitar as condições péssimas de trabalho, além dos baixos salários a serem pagos por uma burguesia herdeira de escravidão de 353 anos. Não é mesmo, Merval? Ou há dúvida sobre isso?

Inconformado com o fracasso da terceira via que ele e seus patrões tanto apostaram e queriam ver florescer, bem como indignado com a liderança de Lula na corrida presidencial deste ano, certamente que o jornalista e arauto do Grupo Globo, de maneira ladina e resvaladiça, adere ao bolsonarismo, a opinar em sua já desacreditada coluna e, com efeito, a apoiar, indubitavelmente, um desgoverno fascista e ultraliberal, que os seus patrões cooperaram, e muito, para que políticos autoritários tomassem o poder central e, com efeito, arrebentassem com a economia brasileira, além de impor ao Brasil o papel de pária no concerto das nações.

A tomada de poder pela direita e depois pela extrema direita, por intermédio de um golpe de estado contra a presidente Dilma Rousseff, que jamais incorreu em crimes, assim como apoiaram a prisão injusta de Lula, teve sem sombra dúvida a cumplicidade e o apoio irrestritos do Grupo Globo e seus jornalistas que hoje fingem que jamais participaram de tamanha patuscada e crimes, porque golpe de estado é crime, rasgar a Constituição é crime, desmontar o estado nacional é crime, dar um pontapé no estado de direito é crime e levar o povo ao desemprego em massa, à pobreza, à fome, à humilhação e à violência é também crime.

E o Grupo Globo que emprega o Merval Pereira é um dos principais responsáveis, se não for o maior dos membros do consórcio de direita, pelo golpe de estado bananeiro de 2016, assim como pela prisão injusta de Lula perpetrada por bandidos que frequentavam os porões imundos e fétidos do covil da Lava Jato.  

Esse processo dantesco quase se consolidou (delegados, procuradores e juízes foram desmascarados) por meio das armações jurídicas e judiciárias dos quadrilheiros da Lava Jato, pois a única forma política de dar prosseguimento ao golpe liderado pelo usurpador e traidor Michel Temer e seu bando de delinquentes de alta periculosidade que o acompanharam nessa desditosa e irresponsável aventura para evitar a volta de Lula e do PT como protagonistas da política, era se valer dos crimes da Lava Jato.

Até que certa vez apareceram o The Intercept Brasil e depois o hacker Walter Delgatti, cujas gravações e textos expostos pelo Telegram deixaram os varões de Plutarco e queridinhos da Globo "pelados, pelados, nus com a mão no bolso", como o diz muito bem a música-rock dos anos 1980. Enfim, Sérgio Moro, Deltan Dallagnol e bando, autores da maior farsa política da história do Brasil, porque plenas de mentiras, sordidezes e infâmias, estão irreversivelmente desmoralizados e desacreditados por mais que sejam caras de pau a concorrer mandatos eletivos, quando deveriam estar na cadeia, para o desgosto dos lavajatistas Marinho e Merval.

Por sua vez, e está mais do que comprovado, a principal sócia de todo tipo de golpes baixos contra os interesses econômicos e de soberania do Brasil é a famiglia Marinho, a empregadora de Merval Pereira, que repercute incansavelmente há décadas o pensamento tacanho da casa grande escravagista, que aposta no atraso e no retrocesso para manter eternamente o status quo, bem como sempre reafirma o conteúdo colonizador e imperialista de tal famiglia, a proprietária de um dos maiores conglomerados empresariais de mídias cruzadas em âmbito mundial, que desde 1925, ou seja, há quase um século combate caninamente o desenvolvimento do Brasil e de seu povo. Merval se deu mal. É isso aí.

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