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Ricardo Nêggo Tom

Cantor, compositor, produtor e apresentador do programa Um Tom de resistência na TV 247

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Meu partido é a seleção brasileira

Uma nova versão de “A pátria de chuteiras” entra em ação. E, por pura coincidência e obra do acaso, contando com a supervisão militar que graça no governo Bolsonaro

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Por Ricardo Nêggo Tom

Os jogadores da seleção brasileira de futebol romperam o silêncio e publicaram um manifesto sobre a participação do grupo na Copa América. Depois de ler o manifesto dos jogadores da seleção, dizendo, entre outras únicas coisas, que são contra a Copa América (sem ideologia política), mas que vão jogar assim mesmo, o único detalhe relevante na missiva a me provocar algum questionamento, foi a dúvida sobre o título que daria a este artigo.

O teor do posicionamento fez o meu coração verde e amarelo se dividir entre: "Manifesto Juliana Paes", "Meu partido é a seleção brasileira", "Seleção acima de tudo, meu liberalismo acima de todos" ou "Somos todos Neymar". As primeiras linhas do manifesto, parecem um texto publicitário esportivo. Enquanto eu lia “Quando nasce um brasileiro, nasce um torcedor. E para os mais de 200 milhões de torcedores escrevemos essa carta...”, minha mente apelava à consciência dos 23 jogadores e de toda a comissão técnica e imaginava um outro texto sendo publicado como for ma de protesto.

Na ilusão de um sonho, eu lia: “Quando morre um brasileiro, morre um torcedor. E para os mais 476.972 de torcedores que já morreram em decorrência da Covid-19, escrevemos essa carta...” Porém, logo voltei à realidade e me deparei com uma sequência de argumentos “isentões” como: “É importante frisar que em nenhum momento quisemos tornar essa discussão política” e “Somos contra a organização da Copa América, mas nunca diremos não à seleção brasileira”, que dirimiram, tanto as dúvidas que eu tinha quanto ao título do artigo , como em relação a consciência política dos jogadores.

Uma nova versão de “A pátria de chuteiras” entra em ação. E, por pura coincidência e obra do acaso, contando com a supervisão militar que graça no governo Bolsonaro. A histórica é cíclica, meus caros! Meu partido é o Brasil, um dos slogans usados por bolsonaristas e neofascistas do país do futebol, foi adotado pela seleção canarinho para justificar a vergonha que seria declarar abertamente que, em primeiro lugar, estão as cifras milionárias que cada um colocará no bolso participando do torneio. Não que eles precisem disto. Mas, como diz aquele ditado capitalista : “Farinha muita, eu quero mais pirão”

Seleção acima de tudo e meu lucro acima de todos postos, o manifesto subscreve: Meu partido é a seleção brasileira.

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