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Jean Menezes de Aguiar

Advogado, professor da pós-graduação da FGV, jornalista e músico profissional

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Michel, vai cuidar da patroa!

Se contra Dilma os indícios e falações premiadas ainda requerem 'interpretações' e 'explicações' judiciais, contra Temer, uma gravação vale mais que mil silêncios respeitosos

marcela temer michel temer (Foto: Jean Menezes de Aguiar)
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Não adianta ser profeta do passado. Mas o PMDB teve a chance de ser o que nunca foi. Temer também. Cuspiram e escarraram no inusitado – mas maligno- presente do destino.

Se contra Dilma os indícios e falações premiadas ainda requerem 'interpretações' e 'explicações' judiciais, contra Temer, uma gravação vale mais que mil silêncios respeitosos.

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O que está em xeque não são esses sujeitos, que no final das contas continuarão milionários, todos, e zombando do povo. É o Brasil que, todavia, ainda não aprendeu a votar. Pior, não aprendeu a 'ser'.

A tragédia estava anunciada numa obviedade de irritar. E continuará anunciada, pois não acabou, outro óbvio.

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Estevão Taurino de Rezende, marechal, citado por Elio Gaspari na obra A ditadura envergonhada, no primeiro de cinco volumes, já em 1964 dizia ser forçado a confessar com tristeza para um soldado (...), quando comparava o comunismo com a corrupção, esta vencendo de sobra aquele, que 'a impressão é de que, se fosse tudo apurado, o Brasil esvaziaria'. Nunca se apurou tudo. Nem agora.

Na época da ditadura quis-se fabricar um comunismo fantasmático para assustar tolos e imbecis que não conseguiam pensar racionalmente, só crer no que passava na TV. Mas o real problema já era a corrupção, antropológica, figadal, culturalizada como metástase no próprio conceito de Estado, autoridades e mundo oficial brasileiro. E, sempre, com a desfaçatez das imunidades e regalias, sacrificando o único que paga a conta: o povo.

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Agora, após a saída de Dilma, com um Temer engomadinho, risinho de canto de boca a todo momento e zombando de tudo, esboçando uma superioridade personalista como se 'fosse' um presidente de verdade, novamente a corrupção vence a ética. Ou, de novo, vence o povo.

O mesmo que se disse de Dilma, diz-se agora de Temer. Um novo impeachment é uma vergonha para o país. Uma vergonha, um desastre e uma tragédia.

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Estudiosos da História leem livros e imaginam o que foram as noites e os dias passados, por exemplo, nos últimos 50 anos. Os tempos de Getulio e seu suicídio; a construção de Brasília; o golpe de 64; o AI 5 etc. Mas quem está vivo está experimentando a tragédia inaudita no tempo presente. E com a sofisticação da informação online.

Michel Temer não podia se dar ao luxo de errar. Não porque ele importe. Não importa. Mas porque qualquer um no lugar de um vice-presidente inexpressivo, de um partido inexpressivo – sim, é isso mesmo-, como o mostrengo PMDB que não ganha nada nunca, deveria (que verbo moralista...) se preocupar com uma continuidade minimamente não desastrosa.

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Em poucos meses de governo, vários ministros caídos. É claro que a corrupção iria vencer.

Venceu.

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Agora a coisa se resume a quem será o próximo. Ou alguém acredita que a fila da corrupção parou de crescer?

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