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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Moro pariu um rato, mas Bolsonaro tem de explicar obsessão pela PF do Rio

O jornalista Alex Solnik escreve sobre a guerra Bolsonaro-Moro e diz que, se a montanha do depoimento e Moro pariu um rato, "Bolsonaro tem de explicar o porquê de sua obsessão por tirar o chefe da PF do Rio. As explicações que forneceu até o momento não convenceram"

(Foto: José Cruz/Agência Brasil)
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Embora, para muita gente, principalmente para quem achava que ele tinha bala na agulha para ferir Bolsonaro de morte, o ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro tenha parido um rato com seu depoimento à PF, é preciso considerar que o inquérito instalado pelo PGR Augusto Aras está mais a serviço do ainda presidente do que do ex-ministro.

 Depreende-se, do arrazoado que encaminhou ao STF e que foi deferido pelo ministro Celso de Mello que se trata mais de uma armadilha para Moro do que trampolim para tirar Bolsonaro do poder, tanto é que do rol de possíveis ilícitos listados por Aras os mais duros referem-se a Moro, com destaque para a denunciação caluniosa.

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  Ou seja, o inquérito tem por escopo mais condenar o ex-juiz por mentir do que para achar algum crime nas ações do ainda presidente.

  Tendo percebido a armadilha, Moro restringiu-se a repetir o que disse em seu discurso, sem avançar nem detalhar as acusações que não podia provar.

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  Ou seja, tudo o que Bolsonaro lhe disse em conversas das quais não tinha gravações ou transcrições ficou de fora.

  Porque se não pudesse prová-las poderia ser condenado por denunciação caluniosa, com pena máxima de oito anos de reclusão.

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  Quando lhe perguntam porque Bolsonaro insistia em trocar o chefe da PF do Rio, Moro se limita a responder:

 “Tem que perguntar ao presidente”.

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  É isso aí. Bolsonaro tem de explicar o porquê de sua obsessão por tirar o chefe da PF do Rio. As explicações que forneceu até o momento não convenceram.

  Disse ontem, durante a explosão de fúria na portaria do Palácio da Alvorada que não tinha nada contra Carlos Henrique Oliveira, não era seu desafeto e que ele só saiu da direção da PF Rio para ser promovido a número 2 da Polícia Federal.  

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  No entanto, em todas as ocasiões em que se referiu a ele nos diálogos com Moro, jamais disse “olha, vamos promover o chefe da PF do Rio” e sim “eu quero só uma superintendência, a do Rio”.

  Está claro que, até então, a superintendência não se comportava do modo que lhe interessava.

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  E que ele precisava, urgentemente, colocar em seu lugar alguém que atendesse às suas demandas.

  Só ele pode dizer que demandas eram.              

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