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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Motim na seleção pode enterrar “Cova América”

"Espera-se que se o motim se consumar os jogadores que atuam no Brasil se solidarizem aos colegas e também façam greve. É uma greve humanitária. Não é rebeldia, é o modo correto de combater a pandemia", escreve Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia

(Foto: CONMEBOL | Reuters)
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Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia

A CBF tenta abafar, mas há fortes indícios de motim na seleção brasileira. Craques que jogam na Europa, e que são a espinha dorsal da equipe se recusam a jogar a Cova, ops, Copa América no Brasil. Não querem se expor a riscos. E devem estar sendo pressionados por suas famílias. E pelos times onde jogam. Representam investimentos milionários. São arrimos de família. Os países europeus onde atuam estão saindo da pandemia – e eles vão se arriscar a pegar uma doença imprevisível a troco de disputar um torneiozinho regional sem nenhuma importância, a não ser os lucros que dá a instituições como a CBF e a Conmebol e às emissoras de TV, como o SBT? Não faz sentido. 

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Espera-se que se o motim se consumar os jogadores que atuam no Brasil se solidarizem aos colegas e também façam greve. É uma greve humanitária. Não é rebeldia, é o modo correto de combater a pandemia. E que os craques das outras seleções, como Messi, Luizito Suarez e Cavani engrossem o coro. Suarez e Cavani, aliás, já se declararam contrários à realização do torneio neste momento, com toda razão. 

O espanto mundial, além do mundo do esporte, é unânime, como hoje estampa a capa do New York Times. 

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Como é que um país que ontem mesmo registrou 83 mil novos casos de covid se propõe a sediar uma competição esportiva do porte de uma Cova, ops, Copa América? 83 mil novos casos, na relação atual entre casos e óbitos, que é de 2,5% equivale a 2000 óbitos! Não é seguro para nós, brasileiros, a começar pelos jogadores, nem para os estrangeiros que virão. 

Não se vê aqui, no entanto, a mesma indignação. Já era esperado que Bolsonaro, primeiro interessado em disseminar o vírus, aplaudisse a iniciativa. Mas a opinião pública, seja nas redes sociais, seja por meio de seus representantes, os parlamentares, também parece aceitar a ideia, ou por amor demais ao futebol ou por não enxergar suas consequências. 

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Só mesmo o motim dos craques poderá enterrar a Cova América.

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