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Enio Verri

Deputado federal pelo PT-PR

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Movimentos obscuros ameaçam a democracia

A farsa bolsonarista cria a tragédia em que mais de 100 milhões de desprotegidos estão expostos à contaminação, porque o presidente se nega a pagar a renda básica de emergência e ameaça, ao arrepio das atitudes dos governadores, tomadas de acordo com as orientações da OMS, do Ministério de Saúde e de toda a comunidade científica, abrir o comércio “numa canetada”

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Definitivamente, não está nada bem, muito abaixo do mal e muito aquém de algum bem. Uma pandemia assola o mundo e o País e o governo se esconde da sua responsabilidade de guia na travessia de um período especialmente doloroso para a classe trabalhadora. Mais de 100 milhões de brasileiros que vivem (como?) com R$ 415 reais por mês estão à mercê de um governo submisso ao mercado financeiro. Bolsonaro é incapaz, não apenas por formação, mas por interesses políticos, de apresentar saídas urgentemente e viáveis para conter a ascendência da curva de contágio e defender a economia. Pelo contrário, um governo nocivo se mantém sob o beneplácito do Judiciário, do Ministério Público e, principalmente, da imprensa comercial, que tampa o nariz para a podridão funesta de Bolsonaro, enquanto Guedes destrói o País.

Movimentos antidemocráticos e autoritários, não devidamente contidos por quem de direito e de responsabilidade de defender a democracia, estão muito à vontade para apresentar a sua sanha, que foi mal extirpada da sociedade, em 1985. O recente acordo veiculado na imprensa, entre Bolsonaro e os militares, deve ser severamente combatido, se ainda houver realmente interesse que o Brasil construa e consolide a sua democracia. Segundo as notícias, Bolsonaro já não preside o Brasil, que é conduzido por uma junta das forças armadas. A história não aprendida é revivida, em tragédia ou farsa, disse o velho e bom Marx. A farsa bolsonarista cria a tragédia em que mais de 100 milhões de desprotegidos estão expostos à contaminação, porque o presidente se nega a pagar a renda básica de emergência e ameaça, ao arrepio das atitudes dos governadores, tomadas de acordo com as orientações da OMS, do Ministério de Saúde e de toda a comunidade científica, abrir o comércio, em todo o País, “numa canetada”.

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A temeridade da conduta presidencial produz a insegurança que oportunistas de plantão precisam para lançar mão de saídas autoritárias, que levarão o País a uma profunda crise política na qual as liberdades individuais serão sufocadas. Definitivamente, as instituições não estão funcionando e é necessária muita responsabilidade nesse delicado momento da história. Nenhuma das constantes ameaças do presidente à democracia foi devidamente rechaçada. O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, que apequena e desonra a cadeira que ocupa, graças à democracia, e o Ministério da Defesa, que representa o conjunto dos militares, exaltaram os 21 anos da ditadura civil-militar. Até o momento, não foram chamados a pedir desculpas às vítimas do período de arbítrio e de violações dos direitos humanos.

Vê-se que está se reinstalando um regime em que o contraditório é tratado em porões, sob torturas e morte. Nenhum sociedade prospera sob o manto do autoritarismo, do pensamento único. O mais recente gesto de quem se sente confiante o bastante para exercer o abuso de poder veio da Procuradoria-Geral Eleitoral, admitindo a cassação do registro do Partido dos Trabalhadores. A decisão do vice-procurador eleitoral está baseada, assim como toda a lava jato, em delações premiadas de desesperados para se verem livres da kafkiana indústria de delações premiadas construída pela força-tarefa do Ministério Público Federal. O fascista não precisa de argumentos para fazer valer a sua ideia. Para ele, o outro não existe e, por isso, lhe é razoável exterminar quem insiste em lhe mostrar que não tem razão. A reação dos autoritários vem contra a ação das forças progressistas, que denunciam, desde 2016, a paulatina supressão da democracia.

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Agora, elas estão irmanadas em um manifesto pela renúncia de Bolsonaro, que demonstra, reiteradamente, não ter a menor capacidade de entender o que seja uma cadeira presidencial. O afastamento é em nome da segurança nacional, devido ao temerário governo que faz. Desde que assumiu, em 2019, o País é conduzido sem planos e sem projetos, e segue errático e vacilante. Bolsonaro, sempre na defensiva, não assume sua limitação para as demandas, reclama e chora porque que sofre sabotagem de forças terríveis, assim como Jânio Quadros o fazia.

O débil governo de Quadros, criou o espaço e as condições para o golpe de 1964, orquestrado pelos EUA e por forças civis retrógradas, como industriais, latifundiários e parte da imprensa. Nesse sentido, é fundamental denunciar quem apoia o golpe que está em curso. O Brasil é grande e rico demais para se tornar uma fazenda, um país desimportante e especializado em produção de matérias-primas. Defender a democracia é defender a autodeterminação do povo brasileiro e a soberania nacional, que deve ser colocada acima de todo e qualquer governo provisório.

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