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Milton Alves

Jornalista e sociólogo

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Mudar o rumo da prosa e colocar o povo na campanha de Lula

Liderança de Lula, pesquisas CNT-MDA/PoderData, Federação, Chuchu, Bolsonaro, 3ª via mais dividida

Lula representa as esperanças do povo (Foto: Ricardo Stuckert)
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Por Milton Alves

Liderança de Lula, pesquisas CNT-MDA/PoderData, Federação, Chuchu, Bolsonaro, 3ª via mais dividida

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1. Mais de 3 meses que a direção do PT investe na formação de uma federação com o híbrido PSB e indica o desejo de escolher o neoliberal opus dei Geraldo Alckmin para vice de Lula. É o centro das ações, tomando tempo e energia, sem produzir, até o momento, um ganho político relevante.

2. Apesar da liderança de Lula, nesse início de ano, o presidente Bolsonaro garantiu a retenção do núcleo duro de seu eleitorado (20% ou pouco mais) e demonstrou capacidade de conquistar novos eleitores. Segundo as duas últimas pesquisas: houve um certo deslocamento no eleitorado da extrema-direita – de Moro para Bolsonaro e uma incursão dos bolsonaristas no voto dos indecisos.

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3. A campanha de Lula: É de duvidosa eficácia a agitação em torno de uma vitória no 1° turno – muito pouco provável. É um desejo que sinaliza até certa arrogância e desarma a militância. As eleições estão polarizadas – + de 70% das intenções de votos – entre Lula e Bolsonaro. Tudo indica um processo eleitoral duro, de disputa intensa e até violenta.

4. Por seu turno, Bolsonaro armou sua opção partidária, com rapidez, e não tem perdido tempo com o “rame rame” de articulações políticas. Colonizou o PL, agrupou a maioria do centrão e já colocou os seus batedores da linha de frente para agir nas redes sociais. Além disso, tem na retaguarda as milícias locais (no campo e na cidade) e dos CACs. E, o principal, dispõe da fabulosa máquina governamental capaz de remover montanhas: ministérios, verbas bilionárias para obras, auxílio Brasil, anistia dos estudantes devedores do Fies, etc…

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5. Mudar o rumo da prosa: a pré-campanha de Lula precisa calçar as sandálias da humildade. Focar na aguerrida militância petista, menos nas articulações de cúpula. O sinal que passa é que tudo será resolvido por cima, via acordos com personalidades e lideranças das burocracias partidárias. É a hora de agitar medidas do programa, falar ao povo. Tocar nos assuntos que mostram o fracasso do desgoverno Bolsonaro: desemprego, volta da fome, inflação dos serviços -gás, energia-, da cesta básica, saúde, fortalecer o SUS, recuperar o salário mínimo, responsabilizar as autoridades do governo federal pelas mais de 600 mil mortes pelo covid-19, defesa de eleições limpas e democráticas, revogar as privatizações e o criminoso teto de gastos — e de futuras medidas emergenciais nos primeiros cem dias de governo.

6. Priorizar a formação de uma frente eleitoral de esquerda – PT, PSOL, PCdoB, Rede e PSB. Intensificar as relações com os movimentos sociais e multiplicar os ‘comitês populares Lula Presidente’ nas categorias de trabalhadores, nos bairros populares e ocupações urbanas e rurais. Debater a questão da federação após as eleições.

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