Nada vezes nada!
A polêmica e confusa intervenção militar acontecida por sinal, de repente, não mais que de repente, já faz estragos dos piores na vida dos cariocas e tanto faz se é "gente de bem", "do mal" ou "mais ou menos". Mas não só... É questão para todo o país. O dilema mais nevrálgico pulula: quem será o próximo?
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A polêmica e confusa intervenção militar acontecida por sinal, de repente, não mais que de repente, já faz estragos dos piores na vida dos cariocas e tanto faz se é "gente de bem", "do mal" ou "mais ou menos". Mas não só... É questão para todo o país. O dilema mais nevrálgico pulula: quem será o próximo?
Pinga para curar ressaca; cocaína para o viciado e; muito torresmo para o obeso cardíaco. Tem saída? Dá samba? Dirá o mineirinho: "Dá certo um trem desses?". Para o caos da segurança pública no país teríamos exata e precisamente na desmilitarização alguma possibilidade; o movimento eficaz é justamente o oposto do que fora determinado por Temer; temos, por exemplo, na bem sucedida campanha brasileira de desarmamento e que salvou ano após anos, trinta mil vidas em média, algum alento para uma efetiva política de segurança.
Não é nada grandioso que cura essas lástimas! Não é a pompa da mídia, ao contrário, é o silêncio do melhor das inteligências de governo. É como deixar os faróis dos carros ligados nas estradas durante o dia e que, no cômputo geral garante a vida de pelo menos vinte mil pessoas ao ano no moedor de gente do trânsito brasileiro.
A polêmica e confusa intervenção militar acontecida por sinal, de repente, não mais que de repente, já faz estragos dos piores na vida dos cariocas e tanto faz se é "gente de bem", "do mal" ou "mais ou menos". Mas não só... É questão para todo o país. O dilema mais nevrálgico pulula: quem será o próximo?
O discurso oficial é que o crime organizado do Rio está fora de controle; que atingiu níveis insuportáveis e que a opção única e possível é, de fato, a energia sumária da 'manu militari'.
Se esta for a métrica, então é preciso ocupar todo o país porque o crime organizado é presença garantida em todas as unidades da federação; está nos presídios, cadeias e "bocas" dos bairros. Mas está nos condomínios fechados, nos edifícios de alto padrão, nos centros empresariais, nas articulações dos políticos bacanas e na definição dos principais territórios das áreas urbanas. Está em Brasília, no Planalto e no Congresso!
Por sinal, narcotráfico é "bicho territorial". Identifica espacialidades, traduz governos, mede eficiência, monitora públicos e apoiadores e por meio do bastião definitivo do capital se instala soberbo e magistral. "Come pelas beiradas"! Vai lá pelos bairros distantes e avança sobre a cidade; nas "baladas", universidades, festas e encontros ocasionais. É forma contemporânea de onipresença e que, por determinação reprodutiva, exige culto, disciplina, vivência e continuidade.
Combater esse tipo complexo ou hiper-complexo de crime organizado com raízes profundas e entranhadas no cotidiano social, político, cultural e econômico de milhões e milhões de brasileiros com "intervenção militar" é, de fato, não querer resolver "nadica de nada" e bem sabemos de que não será resolvido.
Talvez se retomarmos nossa marcha civilizacional iniciada em 2003 por meio da garantia dos direitos fundamentais das pessoas possamos desmantelar as bombas que o narcotráfico, aliás, o principal sustentáculo econômico de toda a América Latina, instalou por esta pindorama brasileira.
Algo me cheira muito mal nessa "invenção de intervenção". Em nossa democracia manca e convulsionada depois do "golpão" de 2016; de Temer no comando; da escravagista reforma trabalhista; de dezoito milhões de desempregados; seis milhões de novos empobrecidos no lapso de um ano e; a segunda gasolina mais cara do mundo... De verdade, melhor o povo dos morros e favelas.
Por fim, coloquem suas barbas de molho, deixem suas malas prontas e lembrem do Uruguai de Mujica!
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