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Julimar Roberto

Comerciário e presidente da Contracs-CUT

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Não basta só eleger Lula. É preciso ir além...

Sem um Congresso progressista, nosso presidente não terá as condições necessárias para executar seu projeto de governo, que tem como prioridade o povo

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)
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As pesquisas eleitorais têm mostrado que Lula pode ser novamente o presidente do Brasil. O melhor governante que o País já teve segue à frente nas intenções de voto ─ com mais de 10% de vantagem do segundo colocado ─, e pode ser eleito, inclusive, no primeiro turno. Mas, apesar de ser um importante passo para fazer o Brasil feliz de novo, eleger apenas Lula não é suficiente.  

É preciso ir muito além, e eleger também um Congresso Nacional que, assim como Lula, tenha comprometimento com o povo brasileiro e com a classe trabalhadora. Somos um país diverso e, para que as demandas de todas as parcelas da sociedade sejam atendidas, é necessário que tenhamos um Congresso plural.   

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O contraste do que é o Congresso com o que é de fato o Brasil é bem notório. Se analisarmos o parlamento atual, por exemplo, a composição é majoritariamente branca. Dos 513 deputados federais, 385 são brancos, o que representa 75% das cadeiras. No Senado, o cenário não é muito diferente. Cerca de 83% dos senadores se declaram brancos. Apenas 3% são pretos e os outros 11%, pardos. São dados assustadores, se levarmos em consideração que 56% da população brasileira é preta ou parda.  

Se fizermos o recorte por gênero, a composição também deixa a desejar. Na Câmara, 85% são homens. Já no Senado, o número é de 84%. O que também vai na contramão da realidade do Brasil, que é composto por 51,7% de mulheres, segundo teste do Censo 2022. 

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Mas, para além desse contraste social ─ que a cada disputa fica mais evidente ─, os candidatos, ao se lançarem ao pleito, já trazem consigo princípios que influenciam diretamente na sua atuação no legislativo. No geral, aqueles ligados ao agronegócio, ao fundamentalismo religioso e ao setor empresarial, não tendem a ter posicionamentos favoráveis ao povo brasileiro. Isso porque são pautados por uma agenda de retrocessos, em que, nela, os interesses pessoais ou de uma pequena parcela são sobrepostos aos interesses daqueles que os elegeram. 

E a história já nos mostrou o quão danoso aos brasileiros pode ser a eleição de deputados e senadores com pautas antagônicas aos anseios populares. Em 2016, por exemplo, o Congresso, colocando em curso um projeto de destruição dos direitos do povo, destituiu, por meio do golpe de Estado, a presidenta legitimamente eleita, Dilma Rousseff. Desde então, sob os governos Temer e Bolsonaro, vivenciamos uma avalanche de recuos.  

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Reforma trabalhista, Emenda Constitucional 95, reforma da Previdência, desmantelamento das políticas sociais e desmonte do Sistema Único de Saúde (SUS) foram alguns dos retrocessos impostos ao povo brasileiro com aval do Congresso Nacional. Tudo isso, atrelado à negligência do Estado em atender aqueles que mais precisam, levou o Brasil de volta ao mapa da fome.  

Para se ter noção do quão venenoso é parte do parlamento, já houve, inclusive, propostas para implementar a cobrança nas universidades públicas e em outros serviços essenciais à população, hoje oferecidos pelo Estado.  

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Por isso, é fundamental que tenhamos a consciência de que eleger Lula ─ de preferência, no primeiro turno ─ é importante, mas não o suficiente. Sem um Congresso progressista, nosso presidente não terá as condições necessárias para executar seu projeto de governo, que tem como prioridade o povo. E sendo nós o povo, temos o dever de eleger aqueles que caminham ao nosso lado. É pelo Brasil! 

Por um Congresso do povo e para o povo! 

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