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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Nasce um estadista

"Argentina está quebrada, metade da população não tem onde cair morta, mas hoje, estranhamente, uma multidão agita bandeiras, canta e dança em frente à Casa Rosada, festejando a chegada de um novo inquilino: Alberto Fernández", escreve o jornalista Alex Solnik sobre o novo presidente argentino. "Pela pequena amostra que deu em seu discurso de posse, não há dúvida: nasce um estadista"

Argentina's President Alberto Fernandez holds the symbolic leader's staff, next to new Vice President Cristina Fernandez de Kirchner, after he was sworn in as Argentina's next president, in Buenos Aires, Argentina December 10, 2019. REUTERS/Agustin Marcarian (Foto: AGUSTIN MARCARIAN)
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Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia 

A Argentina está quebrada, metade da população não tem onde cair morta, mas hoje, estranhamente, uma multidão agita bandeiras, canta e dança em frente à Casa Rosada, festejando a chegada de um novo inquilino: Alberto Fernández.

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Pela pequena amostra que deu em seu discurso de posse, não há dúvida: nasce um estadista.

Não escondeu em momento algum que a situação é periclitante, tanto para o governo - que faliu - quanto para a população – que faz passeatas pedindo comida.

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Mas o importante é que ele tem um remédio: promete pagar a dívida ao FMI somente depois que a economia crescer.

Todo o esforço será dirigido a acabar com a fome dos argentinos, o que lembra o fome zero de Lula.

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Em mensagem aos mais abonados, informou que eles não serão a prioridade do governo e sim os que nada têm, os que não conseguem chegar ao fim do mês e pediu compreensão e solidariedade.     

Foi aplaudido calorosamente e de pé pelas mulheres ao dizer que estará junto com elas na linha de frente nas suas principais reivindicações. Disse que é dever do estado reduzir a violência conta elas.

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Pregou o diálogo em vários momentos, prometeu “unir a mesa familiar” que anda dividida e bem hostil, tal como no Brasil.

“Basta de perseguir a quem pensa ou se expressa de outro modo”.

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“Temos que aprender a escutar”.

Intitulou-se, desde já, “o presidente do diálogo” disposto a ouvir a todos, não só àqueles que o elegeram ou apoiaram.

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Não respondeu a nenhuma provocação de Bolsonaro e adiantou que, seja quem for o governante, seus planos em relação ao Brasil são “ambiciosos”.

Prometeu não só apoiar a diversidade, mas combater e punir as discriminações de todos os tipos, seja no campo dos costumes ou da política.

Falou em universalizar a educação infantil, em incentivar a ciência e a tecnologia, em cumprir as metas do Acordo do Clima. 

E disse uma coisa que eu nunca tinha ouvido de nenhum presidente no dia da posse: “se eu desviar do meu rumo, vão à rua e me cobrem para que eu retorne ao caminho correto”.

Encerrou à la Winston Churchill: “Vamos nos erguer e começar de novo nossa marcha”.   

O imenso auditório levantou-se para aplaudi-lo.     

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