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David Nogueira

Professor e jornalista, foi dirigente da CUT, da CNTE e ex-secretário de Comunicação do PT/RO; membro do diretório PT/RO

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NDB, BRICS e uma nova história

O protagonismo do Brasil nesse processo é fator determinante para as alterações em curso. Não somos mais uma republiqueta de bananas do terceiro mundo

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1. NDB, BRICS e uma nova história

O Encontro em Fortaleza envolvendo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (nos dias 14 e 15 de julho) marcou um importante capítulo da história econômica mundial, e seus reflexos alterarão profunda e decisivamente as relações internacionais dos próximos anos. Depois de exigirem rápidas e profundas mudanças nos organismos de financiamento mundial, como FMI e Banco Mundial, e não havendo sucesso, os BRICS ousaram e criaram o "Novo Banco de Desenvolvimento" (NDB), como alternativa própria a esses organismos, cuja supremacia Americana e Europeia não nos interessava mais. Esses cinco países querem fazer valer o seu papel global e o seu peso, cujo PIB junto chega a 15,8 trilhões de dólares num mercado superior a 3 bilhões de pessoas. Foram esses países os responsáveis por evitar que a crise iniciada em 2008 fosse ainda pior e são eles os incumbidos pela recuperação econômica mundial de hoje.

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2. Protagonismo ímpar

O protagonismo do Brasil nesse processo é fator determinante para as alterações em curso. Não somos mais uma republiqueta de bananas do terceiro mundo, mas uma nação a caminhar forte, a fim de ocupar espaços dignos de nosso tamanho e importância nos cenários internacionais. Isso não é pouco e ajuda na elevação de nossa auto estima tão maltratada por uma grande mídia tupiniquim irresponsável, limitada e desinformativa.

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Vale a pena dar uma lida no artigo publicado no Blog do Zé Dirceu.

Segue texto:

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BRICS institui nova fase nas relações internacionais

Criar um banco de financiamento da infraestrutura e um arranjo institucional para evitar estrangulamentos nos balanços de pagamento tem inegável importância histórica. Este é o sentido maior das duas decisões tomadas pelos chefes de Estado e de Governo, reunidos durante dois dias na Cúpula do BRICS, realizada nesta 2ª e 3ª feira em Fortaleza.

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Com a criação das duas instituições, os BRICS ganharam a densidade política que ainda não tinham adquirido na história anterior do bloco. Daí a importância das duas decisões. Consolida-se, assim, a aliança estratégica entre os cinco maiores países e economias emergentes, nações e povos, encerrando o ciclo histórico dominado pelo unilateralismo norte americano. E se abre-se o caminho para uma nova fase nas relações internacionais, inclusive com as reformas necessárias e urgentes em instituições multilaterais como o FMI e o Banco Mundial e a própria ONU.

Para além da aliança política e estatal entre os cinco países as decisões de Fortaleza avançam numa nova estratégia de desenvolvimento econômico e de relações internacionais. Uma grande vitória da diplomacia e da política externa brasileira e dos governos Lula e Dilma.

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Decisões foram resposta à demora na reforma do FMI e do Banco Mundial

Assim, tem toda razão a presidenta Dilma Rousseff ao explicar, no encerramento da Cúpula dos chefes de Estado e de Governo, em Fortaleza, que a criação do NBD e do fundo anticrise do grupo são respostas concretas do BRICS à demora por parte do Banco Mundial e do FMI de implantar reformas: "(A demora) fez com que façamos a nossa parte e não fiquemos só reivindicando".

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Sobre o NDB, a presidenta explicou, que ele "representa uma alternativa para as necessidades de financiamento de infraestrutura nos países em desenvolvimento, compreendendo e compensando a insuficiência de crédito das principais instituições financeiras internacionais". Com o banco, complementou, "Os Brics ganham densidade política".

"(O acordo sobre o novo banco) mostra que nossos países, apesar de nossa diversidade geográfica, étnica, cultural e linguística, estão decididos a construir uma parceria sólida e produtiva com consequências altamente positivas para o sistema internacional. A força do nosso projeto é o potencial de transformação do sistema internacional, mais justo e igualitário", avaliou a chefe de Estado brasileiro.

Decididos cidade-sede e presidência do NBD

Agora está decidido: a sede do NBD será em Xangai (China) e o primeiro presidente do órgão será um representante da Índia. O acordo sobre o banco e o fundo foi assinado durante a 6ª Cúpula do bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. De cinco em cinco anos, haverá a troca do presidente do NBD – começa com um representante da Índia, substituído sucessivamente por um do Brasil, da Rússia, da África do Sul e da China.

O banco contará com um capital inicial subscrito de US$ 50 bi e autorizado de US$ 100 bi. Novos países poderão se associarem ao banco sim, mas a participação conjunta dos países do BRICS precisa manter a cota mínima de 55%. Além do acordo do banco, também foi assinado o tratado para estabelecer o Arranjo Contingente de Reservas do BRICS. O fundo garantirá a ajuda aos países em caso de crise e turbulência financeira e poderá ser acionado para sanar os problemas temporários no balanço de pagamentos dos governos.

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