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Luciano Teles

Professor adjunto de História do Brasil e da Amazônia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e autor de artigos e livros sobre a história da imprensa operária e do movimento de trabalhadores no Amazonas.

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Negacionismo e mentiras custam vidas

Impeachment e responsabilização já, da chapa Bolsonaro-Mourão. Fora negacionistas e mentirosos.

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Desde o início da difusão do novo coronavírus pelo planeta, quando naquela ocasião o continente europeu sofria com as mortes e a ameaça do colapso do sistema de saúde de países como a Itália, a Espanha (e outros), assistimos algumas cenas dramáticas da corrida para salvar vidas e da Organização Mundial de Saúde alertando e orientando os países que ainda não estavam em tal situação a se prepararem para combater o vírus mortal. 

Nesse momento, qual foi a atitude de Jair Bolsonaro e de seus apoiadores/seguidores em relação às orientações de especialistas da área – infectologistas, biólogos, médicos, etc. –, de instituições como a Fiocruz e de entidades como a OMS? Foi a de negar o vírus, de negar os seus impactos e ainda de mentir sobre a China, de ter propositadamente criado e espalhado tal vírus para “conquistar o mundo”, num “plano comunista”. Alguns que participaram diretamente do governo, como Osmar Terra, afirmaram de forma mentirosa que a imprensa estava agindo para alarmar a população brasileira com o intuito de atingir Bolsonaro. O próprio Bolsonaro reforçava isso, atacando constantemente a imprensa, o que ocorre até hoje.

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Veio a primeira onda e, ao contrário do negacionismo e das mentiras do desgoverno e de seus apoiadores – uma parcela significativa dos neopentecostais, das Forças Armadas, da elite brasileira alinhada à política ultraliberal de Paulo Guedes –, tivemos muitos infectados, muitas mortes e... mais negacionismos e mentiras. Aqueles que participaram desse absurdo desgoverno (e que tem a sua parcela de responsabilidade nisso tudo!), foram “fritados” e atacados pelo próprio presidente, cujo caso mais escancarado foi no Ministério da Saúde que, em plena pandemia, teve o seu comando modificado, ficando nele um militar da ativa, Eduardo Pazuello, que não é médico e que de interino foi ficando na pasta da saúde até hoje, sustentando o negacionismo e as mentiras do governo.

Os resultados disso, infelizmente, estamos colhendo hoje, e o caso do Amazonas, particularmente da sua capital (mas também de outros municípios como Manacapuru, Itacoatiara, Iranduba, etc.) – dramático, triste e revoltante – pode ser o primeiro de outros casos. Isso porque, em face de tudo o que já se viu e constatou, nesse desgoverno (porque é isso que é!) as mentiras e o negacionismo continuam.

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Esse genocídio que estamos assistindo deve ser freado, não é possível mais termos vidas perdidas em função do negacionismo e das mentiras. Este desgoverno ainda continua falando na mentira (absurda!) do “tratamento precoce” com o “Kit-Covid”, na mentira de que o STF o proibiu de agir junto aos estados e municípios, na mentira de que “fez a sua parte”. Como pode o Ministro da Saúde estar em Manaus e antecipadamente, pelo menos quatro dias antes, tomar ciência de que faltaria oxigênio e não ter feito nada para salvar as vidas que foram perdidas? A União foi avisada, sabia da situação antes do colapso e não fez nada. 

Depois da repercussão e da comoção mundial do caso de Manaus, esse desgoverno tentou justificar o injustificável, culpando os outros – claro que o governo local também tem a sua responsabilidade sobre essas vidas perdidas, Governo do Amazonas e Prefeitura de Manaus – para se descolar dessa que foi uma tragédia sem precedentes na nossa história. Não houve uma coordenação nacional para combater o vírus, e nem haverá, pois o negacionismo e as mentiras continuam... Até na questão da vacina agem dessa forma. Só há uma forma de parar com tudo isso (e nesse caso é salvar vidas): acabar com esse desgoverno.

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Impeachment e responsabilização já, da chapa Bolsonaro-Mourão. Fora negacionistas e mentirosos.

 

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