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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

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Nióbio divide Bolsonaro e Zema

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Patrimônio incalculável

Cercada de total mistério, reunião entre Bolsonaro e Zema sobre privatização do nióbio das minas de Araxá resultou em ordem presidencial para que o BNDES entre no negócio para abocanhar 25% de participação da Codemig, empresa estatal mineira. Essa medida serviria para antecipar capitalização do tesouro mineiro, que divide com empresa privada de mineração a riqueza incalculável desse minério, alvo de cobiça internacional, cuja utilidade é reservada para inovações tecnológicas de ponta em diversos experimentos industriais. A participação do BNDES se explica pela disposição do governo federal de ter voz ativa no assunto, não deixando-o escapar, totalmente, para os interesses externos. 

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O adiantamento de dinheiro do banco estatal de investimento ao estado mineiro completamente falido sem condições de cumprir obrigações financeiras, agravadas pela pandemia econômica, abre grandes discussões, que desembocarão no Congresso. Depois desse movimento estatal prévio, que ocorre a contragosto de Zema, que perde autonomia para fazer o que quiser, quanto à privatização da trilhonária riqueza do povo mineiro, mantido à distância, haveria outra investida complementar do BNDES, quando ocorrer a privatização. O banco estatal teria direito, depois dessa participação inicial de 25%, de estender o seu domínio, em lances adicionais no processo de aquisição desse patrimônio incalculável. 

Cogita-se de que o BNDES poderia, inclusive, dispor de maioria(51%), a parte estatal mineira, colocando em seguida venda de 49% das ações restantes. Essa, aliás, é proposta que o ex-governador de Minas, o petista Pimentel, encaminhou à Assembleia Legislativa, onde o assunto está em deliberação. O desfecho, por sua vez, depende de pronunciamento da população mineira, de acordo com a Constituição estadual. Os movimentos do governo federal, operados pelo BNDES, indicam que crescem resistências contrárias à privatização. Disputam a parte estatal mineradora privada controlada por banqueiros nacionais e internacionais. 

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Durante sua campanha eleitoral, Bolsonaro, em viagem ao Japão, fez questão de ir a uma bijouteria para comprar joias de nióbio, ocasião em que fez referência a essa riqueza capaz de saldar todas as dívidas do país e ainda sobrar troco gordo. Essa entrada em cena do BNDES na parada da privatização empreendida por Zema, representa novo capítulo de uma história cujo final é incógnita.

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