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Denise Assis

Jornalista e mestra em Comunicação pela UFJF. Trabalhou nos principais veículos, tais como: O Globo; Jornal do Brasil; Veja; Isto É e o Dia. Ex-assessora da presidência do BNDES, pesquisadora da Comissão Nacional da Verdade e CEV-Rio, autora de "Propaganda e cinema a serviço do golpe - 1962/1964" , "Imaculada" e "Claudio Guerra: Matar e Queimar".

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No princípio era o verbo. Depois a parcialidade mesmo

A colunista Denise Assis, do Jornalistas Pela Democracia,afirma: "em tempos de desvarios ideológicos e persecutórios, pouco importou que tempo verbal regeu o processo que tramitava contra Lula. Importava, isto sim, o presente do indicativo: eu faço. Está aí a Vaza-Jato que não nos deixa mentir. Graças a esse trabalho investigativo ficamos sabendo o quanto esse tempo verbal foi usado e abusado"

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Por Denise Assis, do Jornalistas Pela Democracia - Seria risível, se não fosse trágico, alguém passar 580 dias preso por um tempo verbal. Sim, minha gente. Luiz Inácio Lula da Silva permaneceu todo esse tempo na cadeia da Polícia Federal, em Curitiba, preso pelo futuro do pretérito

(Futuro do pretérito é um tempo verbal conjugado no modo indicativo. Aqui é que esse verbo nos interessa - sendo utilizado para se referir a algo que poderia ter acontecido posteriormente a uma situação no passado). 

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Poderia não quer absolutamente dizer que foi, mas em tempos de desvarios ideológicos e persecutórios, pouco importou que verbo regeu o processo que tramitava contra Lula. Importava, isto sim, o presente do indicativo: eu faço. Está aí a Vaza-Jato que não nos deixa mentir. Graças a esse trabalho investigativo ficamos sabendo o quanto esse tempo verbal foi usado e abusado.

Em todos os seus processos a certeza do ex-juiz Sergio Moro e os demais que o condenaram era calcada no verbo “teria”. Lula “seria” o dono do tríplex. Lula “seria” o dono do sítio de Atibaia, onde “teria” aceito propina por meio de recursos para a reforma no sítio. Lula “seria” o chefe do esquema montado dentro da Petrobras para receber propinas. Lula “teria” a intenção de receber de uma empreiteira um terreno para a construção da sede do Instituto Lula. Lula “teria” constas na Suíça.

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Por que recordar isto agora? Porque enquanto acontece – tempo presente do indicativo – costuma doer, machucar. Quando passa, conseguimos achar graça, tão patético os fatos nos soam. Claro, ainda não passou de todo, mas Lula ganhou as ruas (e elas o ganharam) e a alegria de recebê-lo de volta, já nos permite sonhar que haverá bom senso no STF, e este deverá pautar e reconhecer que Sérgio Moro usou – num pretérito bem às claras –, de toda a sua parcialidade para deter e condenar Lula antes das eleições de 2018.

(Presente do indicativo: é o tempo verbal que indica em qual momento o fato expresso por ele está ocorrendo).

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Ao reconhecer a parcialidade do ex-juiz, o Supremo Tribunal Federal realinhará os fatos com a realidade, desenhando um futuro mais justo para o país. A propósito, (Futuro do presente (simples): enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual). Muita alegria e a retomada do nosso destino.

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