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Adilson Roberto Gonçalves

Pesquisador científico em Campinas-SP

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Nova velha política

"As características comuns são se posicionarem como salvadores da pátria, praticar a defesa dos próprios interesses acima dos coletivos e, talvez o mais nefasto, impor gerenciamento empresarial para a coisa pública, sem atentar que em um país não há como "demitir" os que não se adaptam a um padrão de sociedade"

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Mesmo com a farinha pouca, são todos do mesmo saco, Huck, Mandetta, Moro e tantos mais que virão dizendo-se da nova política e praticando a mais sórdida velha política. As características comuns são se posicionarem como salvadores da pátria, praticar a defesa dos próprios interesses acima dos coletivos e, talvez o mais nefasto, impor gerenciamento empresarial para a coisa pública, sem atentar que em um país não há como "demitir" os que não se adaptam a um padrão de sociedade. Esperemos que o abandono da extrema direita nas eleições municipais seja o início da retomada do caminho para uma sociedade múltipla e inclusiva, exatamente o oposto da política vencedora em 2018 e distante desses três senhores.

O jornal Estadão já assumiu a figura do desgoverno de Brasília, mas a Folha denuncia um projeto de ditador de Bolsonaro, mesmo sendo um dos artífices que o levaram ao Planalto, como o fora a maior parte da mídia brasileira que apenas via a “ameaça do PT” nas eleições de 2018. A mídia paga seu preço, ainda que pequeno. Agora, clamar pela “sabedoria do Congresso” é ignorar que o Parlamento dorme sobre as dezenas de pedido de impeachment do criminoso presidente, ação que poderia aliviar um pouco a indecorosa articulação de dois anos atrás.

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Bolsonaro é tão criminoso e deletério para o país que em uma única edição de um daqueles jornalões, dos quatro articulistas em destaque, três usaram seu nefasto nome nos títulos de seus textos. Todos, obviamente, integrariam a lista dos detratores, caso tivessem alguns seguidores a mais nas redes sociais e convencessem a incompetente agência paga com nosso dinheiro a incluir seus nomes. O crime é explícito, sem vergonha e a discussão é formar frente ampla contra o presidente, seja de direita ou de esquerda. Isso com a conivência dos 513 deputados federais – sim, de todos eles – que não abrem processo de impeachment ou não processam Rodrigo Maia por não fazê-lo.

Nesse aspecto, em sua coluna, Fernando Haddad iniciou uma boa discussão sobre o Partido dos Trabalhadores e de Lula para a compreensão do que foi – e é – a concepção política progressista no Brasil. Primeiro, há que se lembrar que parte da esquerda orgânica sempre refutou o PT; por exemplo, o MR8 esteve com Orestes Quércia e seu MDB, e o trabalhismo tinha como Leonel Brizola seu interlocutor, e não Lula. A Vaza Jato provou a articulação para tirar Lula do páreo em 2018, uma experiência que a direita discursa agora como errada, mas é apenas cortina de fumaça, pois o impacto no PT foi enorme. A esquerda como um todo foi atingida. Esse foi o verdadeiro objetivo: vender a imagem de uma esquerda corrupta e a tábua de salvação de uma Arena ‘renovada’, com o perdão do trocadilho. Haddad dá a dica uma vez que o partido precisa também acompanhar a dinâmica social para sobreviver.

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