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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Nove meses depois está claro: Bolsonaro trabalha pela volta da ditadura

"Não há dúvida, a essa altura, que a intenção do grupo de Bolsonaro é aproveitar-se da liberdade proporcionada pelo regime democrático para acabar com a democracia, única saída para livrar a família das graves acusações a que responde na Justiça", escreve o jornalista Alex Solnik

(Foto: ADRIANO MACHADO - REUTERS)
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Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia   -  Completam-se, amanhã, os primeiros nove meses do pior governo da história republicana. Foram 270 dias de contínuos ataques aos pilares da democracia brasileira estabelecidos na constituição de 1988.

  A imprensa, o Congresso e o STF são os principais alvos do presidente da República e de seu entorno, representado por seus três filhos, no Brasil e pela eminência parda Olavo de Carvalho no exterior.

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  Foram nove meses em que as demonstrações de imposição do pensamento único ficaram evidentes, seja na Educação, nas artes, nos costumes e até mesmo dentro do governo.

  Os que na primeira hora apoiaram Bolsonaro, mas que, uma vez no governo, ousaram divergir de suas opiniões autoritárias, sejam militares ou civis, foram expelidos ou silenciados à força.

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  Os principais órgãos de controle e fiscalização do estado estão sendo aparelhados à luz do dia. E o presidente não se constrange em dizer que é ele quem manda na Polícia Federal, no Coaf, na PGR, no MPF.

  Há provas suficientes de que o culto à personalidade do presidente é uma das operações em curso, sustentado por uma máquina de propaganda clandestina que o impulsiona para a reeleição em 2022.

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  Os ataques à imprensa começaram com o fim da obrigatoriedade de as empresas publicarem balanços e licitações nos jornais, mas se estendem a manifestações diárias do presidente e seus filhos incitando a população contra as “mentiras” dos jornais, objetivando desqualificá-los, minar suas assinaturas e diminuir as vendas nas bancas, ou seja: o objetivo é destruir todos os meios de comunicação não alinhados com o governo.

  A manobra – criada por Donald Trump e seguida por seus filhotes autoritários mundo afora - intenta transformar os tuítes e vídeos presidenciais em fontes da verdade, em contraposição aos jornais “mentirosos”. É a versão 2019 do Grande Irmão de “1984”.

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  Inspiradas por Bolsonaro & Filhos, passeatas e tuitaços foram e continuam sendo organizadas a fim de intimidar, amedrontar e ameaçar as principais autoridades da Câmara e do STF.

  A ausência de diálogo com as forças de esquerda – ao contrário, o desejo de eliminá-las - é outra característica de governo que não se comporta de acordo com os ditames da constituição.

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  O novo chefe da Secretaria de Governo está promovendo uma triagem “ideológica”, a mando do chefe, que lembra os tempos sombrios do SNI do general Golbery: servidor que tiver parente com passado petista é automaticamente expurgado.

  A censura tenta sair do sarcófago aqui, ali e acolá, sob protestos da população, o que impede que se alastre. O clima de perseguição latente provoca fuga de cérebros, nas artes e nas ciências.

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  Não há dúvida, a essa altura, que a intenção do grupo de Bolsonaro é aproveitar-se da liberdade proporcionada pelo regime democrático para acabar com a democracia, única saída para livrar a família das graves acusações a que responde na Justiça.

  O Brasil está dividido em dois. Os democratas repudiam Bolsonaro. Quem defende Bolsonaro defende a ditadura. 

  E ditadura é tudo de que o país não precisa para voltar a crescer e a sorrir.

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