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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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O alvo é Lula

"Três golpes de estado foram desfechados em anos de troca de presidentes da República tendo como objetivo principal impedir a eleição do favorito ou a posse do eleito", escreve o colunista Alex Solnik; "Em 1930, o golpe de estado foi desfechado contra Washington Luís, chamado de déspota e representante da elite paulista. Em 1937, contra Armando de Salles Oliveira, também da elite paulista. Em 1964, contra João Goulart, chamado de populista e comunista", diz; "O alvo, em 2018, é Lula"

"Três golpes de estado foram desfechados em anos de troca de presidentes da República tendo como objetivo principal impedir a eleição do favorito ou a posse do eleito", escreve o colunista Alex Solnik; "Em 1930, o golpe de estado foi desfechado contra Washington Luís, chamado de déspota e representante da elite paulista. Em 1937, contra Armando de Salles Oliveira, também da elite paulista. Em 1964, contra João Goulart, chamado de populista e comunista", diz; "O alvo, em 2018, é Lula" (Foto: Alex Solnik)
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Três golpes de estado foram desfechados em anos de troca de presidentes da República tendo como objetivo principal impedir a eleição do favorito ou a posse do eleito.

Em 1930, as eleições se realizaram em março. Ganhou o candidato do governo, Júlio Prestes, governador de São Paulo. O segundo colocado, Getúlio Vargas, governador do Rio Grande do Sul, acusou o presidente Washington Luís primeiro de fraude eleitoral em favor de seu ungido e a partir de julho, de responsável pelo assassinato de João Pessoa, governador da Paraíba e vice de Getúlio.

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Na época, o presidente eleito tomava posse em novembro. No dia 25 de outubro, o grupo de Getúlio depôs Washington Luís com apoio de seus chefes militares, ele foi preso no Forte de Copacabana e em seu lugar assumiu uma junta militar que dissolveu o Congresso Nacional e dias depois entregou o poder a Getúlio.

Segundo golpe.

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As eleições estavam marcadas para março de 1938, conforme o estipulado na Constituição promulgada em 1934. O favorito disparado era o governador de São Paulo, Armando de Salles Oliveira, ex-getulista e à época seu adversário. O candidato de Getúlio, José Américo de Almeida, não empolgava o eleitorado, mas era defensor ferrenho das eleições. "O povo irá votar até debaixo de bala" declarou em um de seus arroubos.

No dia 10 de novembro de 1937, a pretexto de sufocar uma suposta conspiração comunista chamada Plano Cohen, que se revelou falsa anos depois, Getúlio mandou fechar o Congresso Nacional, acabou com os partidos políticos e com as eleições, é claro.

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Terceiro golpe.

A seguir-se o calendário eleitoral que apontava uma eleição presidencial a cada quatro anos, tendo sido as duas anteriores em 1956 e 1960, o ano de 1964 deveria ser de eleição presidencial se a crise política iniciada em 1961 com a renúncia de Jânio e a imposição dos chefes militares de não permitir a posse de seu vice, João Goulart, não estivesse no auge.

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Um dia após o grandioso comício de Goulart na Central do Brasil, a 13 de março, em que determinara, dentre outras medidas, o confisco de terras particulares à beira de rodovias e açudes para serem distribuídos na reforma agrária, deputados da oposição iniciaram tratativas com vistas a seu impeachment.

Duas semanas depois, um golpe militar iniciado em Minas Gerais encerrou as reformas de base de Jango e as eleições.

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Em 1930, o golpe de estado foi desfechado contra Washington Luís, chamado de déspota e representante da elite paulista.

Em 1937, contra Armando de Salles Oliveira, também da elite paulista.

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Em 1964, contra João Goulart, chamado de populista e comunista.

O alvo, em 2018, é Lula.

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