O bolsonarismo e a onda fascistizante

As ameaças bolsonaristas de um novo AI-5 não são meros blefes. São o desejo real dessa turma. O projeto de excludente de ilicitude enviado ao Congresso para intimidar manifestações como as que ocorrem em diversos países da América Latina, são a prova cabal de que estão endurecendo e afrontando as instituições dia após dia. É terrorismo de estado.

Vamos lembrar do discurso de Bolsonaro por telefone, transmitido em ato na Avenida Paulista às vésperas da eleição, quando disse que o destino da esquerda era a cadeia, o exílio ou a “ponta da praia”.

“Não se assustem se alguém pedir o AI-5”, disse Paulo Guedes em Washington, gerando insegurança no mercado financeiro, fazendo com que o dólar batesse a casa dos R$4,27. Para os que ainda acreditam na existência de duas alas, dos técnicos pragmáticos e dos radicais, Guedes foi didático para quem se recusava a entender.

O Estado mínimo socioeconômico pregado na cartilha neoliberal só é aplicável junto ao Estado máximo de repressão às liberdades.

A bocarra do fascismo está arreganhada.