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Francisca Pereira da Rocha Seixas

Secretária de Assuntos Educacionais e Culturais da APEOESP e secretária de Saúde da CNTE

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O Brasil vai parar nesta quarta (15) para salvar a educação pública

Contra todos os retrocessos do desgoverno de Jair Bolsonaro, os profissionais da educação vai parar o Brasil de ponta a ponta nesta quarta-feira (15). Antes mesmo de assumir a Presidência, os ataques às conquistas da classe trabalhadora e à educação dominavam os discursos de presidente eleito no ano passado

O Brasil vai parar nesta quarta (15) para salvar a educação pública (Foto: Alan Santos - PR)
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Contra todos os retrocessos do desgoverno de Jair Bolsonaro, os profissionais da educação vai parar o Brasil de ponta a ponta nesta quarta-feira (15). Antes mesmo de assumir a Presidência, os ataques às conquistas da classe trabalhadora e à educação dominavam os discursos de presidente eleito no ano passado.

Ele não aceita a educação com liberdade e insufla o ódio às professoras e professores para justificar o desmonte da educação pública para favorecer conglomerados econômicos com a privatização deses setor fundamental para o desenvolvimento soberano do país e para as classes menos privilegiadas melhorarem de vida.

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Os cortes efetuados no orçamento do Ministério da Educação (MEC) são cruciais. Os estudantes realizam grandes protestos pelo país afora contra o contingenciamento de R$ 2,2 bilhões na verba destinada às universidades e institutos federais.

Esse corte somado ao abandono dos investimentos em ciência, pesquisa e extensão, inviabiliza o funcionamento das universidades que eles querem entregar aos barões da educação. Porque para o grupo da elite que controla o Estado neste momento, filhas e filhos da classe trabalhadora não precisam de ensino superior.

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Dessa forma, grande parcela da juventude não consegue se especializar para um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, dominado pelo avanço tecnológico. E quem não estiver preparado para a chamada indústria 4.0 enfrentará muitas dificuldades em abraçar profissões melhores remuneradas. Terá que se submeter a condições cada vez mais precárias de trabalho.

Mas os cortes orçamentários não se restringem ao ensino superior. Da educação básica ao ensino médio foram cortados R$ 2,4 bilhões. O que mostra o desprezo que esse desgoverno tem pela educação pública e o desrespeito para com o magistério.

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Ataca as professoras e professores como se fossem bandidos e a escola deva existir apenas para uma minoria com era antigamente. Nas últimas décadas avançamos, timidamente, mas foram avanços significativos com cota racial para estudantes negros e indígenas e cota social para estudantes de escolas públicas mudando o perfil das universidades federais. Atualmente cerca de metade dos alunos das federais estudou em escola pública.

O que esse desgoverno quer na verdade é tirar a responsabilidade do Estado na educação, como consta na Constituição de 1988, e repassar a verba pública para o setor privado, tirando do ensino médio e superior as filhas e filhos da classe trabalhadora.

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Com a aprovação da reforma trabalhista em 2017 e agora o projeto de reforma da previdência, aliadas à terceirização ilimitada, tornam as condições de trabalho extremamente precárias e pior sem Previdência pública. Os profissionais da educação terão que amargar jornadas de trabalho insuportáveis para garantir o sustento de suas famílias e, sem poder adoecer, porque corremos o risco de ficarmos sem o Sistema Único de Saúde (SUS). É a destruição total.

Com objetivo de barrar todos esses ataques aos nossos direitos, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) convocou o magistério à resistência. A Greve Nacional da Educação nesta quarta-feira será um marco importante para isso.

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Estudantes e diversas categorias profissionais prometem apoio à paralisação das professoras e professores do ensino básico ao superior contra o desmonte do Estado, da educação pública, da aposentadoria e das conquistas mais importantes da classe trabalhadora.

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