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Ricardo Nêggo Tom

Cantor, compositor, produtor e apresentador do programa Um Tom de resistência na TV 247

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O cara que ia invadir o Senado e dar uma facada em Pazuello faltou e a saída foi improvisar

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O Exército Brasileiro é uma instituição que merece todo o meu respeito. Passei por lá, ainda que brevemente, para cumprir o serviço militar obrigatório, mas guardo boas lembranças. Poucas, na verdade. Porém, jamais imaginei que um dia veria um General da caserna, usar de um recurso tão infantil para fugir de uma batalha. Eu confesso que já recorri ao mesmo artifício, coincidentemente quando prestava serviço militar, para não participar de uma atividade conhecida como “Guerrilha Noturna”.

Curiosamente, eu também estava sendo perseguido. No meu caso, por um Sargento de nome Antero – que sujeito mais filho da pátria - que não ia muito com a minha cara, e havia prometido me pegar nessa atividade. Como eu não sou bobo, assim como o General Pazuello, eu passei mal e fiquei impossibilitado de participar daquela atividade que poderia me trazer algumas complicações. Eu fingi um mal estar, desfaleci, fiquei pálido, trêmulo, desidratado. Pazuello ficou como eu fiquei naquela noite no campo do Gericinó. Me senti até um General agora.

Tudo parecia estar tão bem no início de sua participação na CPI. Voz firme, de comando. Olhar compenetrado e emocional sob controle. Trocava farpas com o relator Renan Calheiros, tentou ensinar ao presidente da comissão como conduzir um interrogatório, usou de ironia e até de certo desacato. O locutor João Guilherme da Fox TV diria que Pazuello estava “um deboche”. Mas, de repente, o intestino começou a dar uma daquelas desandadas, que até a máscara no rosto começava a ficar borrada. Pazuello começou a enrolar nas respostas, à medida que os questionamentos iam ficando mais incisivos.

Renan não gostou e começou a apertar o “genera”, que escorregava mais do que sabonete. O Senador Flavio Bolsonaro tentou intervir em sua defesa, mas não tá com muita moral na casa não. A essa altura, Pazuello sentia uma gota de suor deslizando sobre a sua última vértebra, e indo se unir ao cagaço que ele bravamente mantinha preso. A impressão que dava, era de que ele aguardava alguém que fosse enviado por Deus para livrá-lo daquela situação. Entretanto, o cara que ia invadir o senado para lhe dar uma facada faltou - do mesmo jeito que Pazuello faltou para 210 milhões de brasileiros como Ministro da Saúde - e ele teve que improvisar uma fuga.

Passou mal, mas continua vivo. Graças a Deus! Não teve o mesmo fim que as mais de 439 mil pessoas que foram abatidas pelo vírus e por um governo que teve em Pazuello o responsável por cuidar da imunização da população brasileira. Na minha breve passagem pelo Exército aprendi que um soldado nunca deve fugir da batalha. Pazuello fugiu e desonrou o Exército com sua covardia. O saudoso Renato Russo tinha razão quando em “Faroeste Caboclo” cantou: “e não protejo General de 10 estrelas que fica atrás da mesa com o cu na mão.” Melhoras, General Pazuello!

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