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Dom Orvandil

Bispo Primaz da Igreja Católica Anglicana, Editor e apresentador do Site e do Canal Cartas Proféticas

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O Condomínio Vivendas, parábola de um governo de milícias que arrasta tudo e a todos para o esgoto

O Vivendas da Barra virou parábola da desgraça que vive o Brasil. Para superar a crise orgânica do capitalismo, que milicianos, delinqüentes e traidores aproveitam para se locupletar, é preciso que o povo tome o sentido da vida coletiva nas mãos. Aí o STF terá relevância, recuperação e missão essenciais

(Foto: Reprodução)
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Prezado Jornalista Luis Nassif

Sou seu leitor assíduo e admirador de seu jornalismo honesto. Suas informações a respeito dos movimentos dos agentes econômicos e políticos atuantes no vácuo da crise, que a todos nos atinge e arrasta, são sempre  elementos iluminadores da realidade obscura e confusa para o senso comum.

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Para exemplificar com um caso periférico me lembro de sua informação de que no condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, onde o miliciano na presidência tem dois imóveis, não há interfones. De que os porteiros usam telefones fixos e celulares para se comunicarem com os moradores. E foi assim que o porteiro se comunicou com o ex deputado miliciano, hoje presidente laranjal do Brasil, o “seo” Jair, como a ele se referiu o trabalhador.

De repente, como num sopro, o porteiro, que disse em dois depoimentos que ligou para a famosa casa de número 58 e falou com o “seo” Jair,  virou mentiroso ou de ter se enganado, segundo afirmou a procuradora bolsonarista que lhe tomou os testemunhos.

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Na verdade, o Vivendas da Barra virou parábola da desgraça que vive o Brasil. Isto é, quem sempre mente, quem usa o governo para mentir, para enganar, para impor a ideologia interesseira dos que usam a economia e os aparelhos de Estado para manipular desavergonhadamente virou fonte de verdade e ameaças e quem é trabalhador, que lida com relatos precisos sobre moradores, pessoas que entram e saem de um local habitado por pessoas boas mas também por bandidos e assassinos; quem precisa da verdade como maneira de proteção da segurança dos moradores, da empresa empregadora e do seu próprio emprego,  virou mentiroso e falso testemunho.

É evidente que o porteiro fala a verdade, verdade essa confirmada por todos os moradores do condomínio, como vossa senhoria afirma em seu artigo (ver aqui).

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É assim no Brasil. Quem fez campanha eleitoral fake news com auxílio de refinada tecnologia e muito dinheiro; que usa redes sociais para mentir e ameaçar as instituições; que usa os filhos para intimidar a tenra democracia; que põe nos principais postos do Estado corruptos, delinquentes afrontadores da Constituição e da paz; quem se aproveita da crise para golpear o país e ameaçar o povo prestes e se rebelar,  pousa de leão dono da verdade, ainda que velho e psicótico.

Vi nesses dias milhares de pessoas preocupadas com o porteiro. Muitos dizem que ele pagará o pato no lugar do leão velho, acossado, desdentado, mas culpado por  crimes de traição à pátria e à  verdade. Outros prevêem a ele a perda do emprego e a sombra da morte e da amargura em prisões injustas ou até num assassinato com o cadáver desaparecido no fundo do mar com um peso amarrado ao estômago, como aconteceu a muitos durante a ditadura.  

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Será o porteiro a vítima, claro, como é o caso da parábola Brasil com milhões de trabalhadores sem emprego, sem liberdade e sem justiça, graças aos mentirosos que prometeram a retomada do crescimento, praticando  golpes sobre golpes no esvaziamento dos direitos de indefesos e calados, que foram enrolados e profundamente enganados. 

Li em seu último artigo, caro jornalista Nassif, a afirmação desesperada de que quase não há mais quem possa parar a loucura do desvairado e desbocado “seo” Jair Bolsonaro (aqui) na contagem regressiva para a ditadura militar, já começada com as tagarelices sobre A I – 5. Todos os postos foram ocupados por facínoras,  que têm como objetivo blindar o leão velho nos seus urros e ameaças toscas.

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O caro jornalista parece abrir a alma num grito pelo que julga ser a última possibilidade: “está nas mãos do STF impedir o salto final no abismo do estado de exceção. Ou segura Bolsonaro agora, ou será muito tarde.”

Penso que entendi sua angustiada conclamação. Sério e rigoroso profissional o jornalista crê nos chamados guardiães da Constituição, também eles atacados e desrespeitados pelo leão falido e covarde.

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Porém,  é preciso sermos ainda mais constitucionais antes de contarmos com o atacado, vacilante e desrespeitado STF.

É preciso nos lembrarmos de que ministros e ministras do STF erraram e erram feio na afronta à Constituição. Deixaram-se enganar com as tristes lendas do mensalão;  do golpe que derrubou a presidenta Dilma;  com os rolos e jogadas de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol e ainda fazem vistas grossas ao governo miliciano, laranjal, incendiário da Amazônia e do Cerrado, entreguista da soberania do país e para todas as inimagináveis manobras contra a produção e os trabalhadores.

Bem antes do Supremo, caro Nassif, a defesa da democracia, e não somente a defesa do simulacro que ainda resta, é preciso reforçar o  avanço e o aprofundamento da democracia.

É ai que a Constituição aponta o caminho antes, bem antes do STF, e na fonte, quando avisa que “todo o poder emana do povo…”

O povo salvará a democracia. Não somente a democracia, mas o Brasil e o próprio STF.

O povo tem que ser chamado. O povo dos porteiros que falam a verdade, que trabalham  e, que por isso, são ameaçados pelos mentirosos, milicianos e delinqüentes feitos leões que se sentem acuados.

O povo é a fonte do poder. O povo então tem que tomar o poder  e não mais se contentar com representantes, que contra ele o exercem.

O poder que nasce do trabalho explorado, da economia roubada e amealhada pelo mercado internacional e pelos ratos de esgotos nacionais, tem que  ser tomado  pelo povo na ocupação das ruas, na mobilização sem tréguas e na tomada do Estado que, como no Condomínio da Barra, é totalmente assaltado e sua teia de relações usada por ladrões e assassinos golpistas, sempre milicianos nos seus métodos laranjais.  

Não bastam governos nem parlamentos nem judiciário, é preciso tomar o poder.  

O Equador, o Chile, a Argentina, a Bolívia, a Venezuela, Cuba, a Nicarágua etc, cada povo e cada país latinoamericanos à sua maneira, mostram que nada começa nas instituições, mas no povo que desobedece as desigualdades e as injustiças impostas pelos ladrões que assaltam o condomínio Brasil.

Para superar a crise orgânica do capitalismo, que milicianos, delinqüentes e traidores aproveitam para se locupletar, é preciso que o povo tome o sentido da vida coletiva nas mãos. Aí o STF terá relevância,  recuperação e missão essenciais.

Ousar lutar e ousar vencer são marcas do povo em marcha. Venceremos!

Abraços críticos e fraternos,

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